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Bancários decidem parar por 24 horas em 17 Estados
Objetivo é pressionar bancos por reajuste salarial; agências devem reabrir amanhã
Entidade dos bancos orienta consumidor a utilizar meios como internet, telefone e lotéricas para operações; negociação supera 40 dias
DA FOLHA ONLINE
Os bancários de pelo menos
17 Estados e do Distrito Federal
decidiram fazer uma greve de
24 horas hoje para reivindicar
reajuste salarial. As agências
voltam a abrir amanhã na
maioria dos Estados, mas os
trabalhadores prometem parar
por tempo indeterminado se
não houver acordo com os bancos, que, até ontem, não tinham
proposto reajuste salarial.
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) orientou
aos clientes que utilizem meios
alternativos para a realização
de serviços bancários, como internet, telefone e correspondentes bancários.
Com a greve, os bancários
querem pressionar os bancos a
conceder reajuste salarial. Segundo o sindicato, após mais de
40 dias de negociação, não há
proposta que preveja reajuste
aos 400 mil bancários do país.
Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da
reposição da inflação e participação maior nos lucros e resultados -de 5% do lucro líquido
linear, mais um salário bruto
acrescido de R$ 1.500.
No ano passado, quando houve greve de seis dias, os bancários receberam reajuste de 6%
(1% de aumento real), mais
R$ 1.700 de abono e PLR (participação nos lucros e resultados) mínima de 80% do salário
mais R$ 800.
A Fenaban disse, por meio de
sua assessoria de imprensa, que
os bancos estão "demonstrando disposição de negociar e
construir um acordo factível na
mesa de negociações".
Para tentar evitar a greve, a
Fenaban chegou a acenar com a
realização de uma nova rodada
de negociações amanhã. Os
bancários, entretanto, reclamam que a data-base da categoria é neste mês e que os bancos tiveram tempo suficiente
para apresentar uma proposta
e evitar a paralisação.
Na assembléia ontem do Sindicato dos Bancários de São
Paulo, Osasco e Região, 70%
dos 1.140 trabalhadores presentes decidiram parar por 24
horas, enquanto os demais 30%
defenderam uma paralisação
por tempo indeterminado. A
paralisação dos bancos na capital deverá começar pelo centro
da cidade e será expandida para
os bairros ao longo do dia.
O sindicato diz que o lucro do
setor cresceu, em média, mais
de 40% no primeiro semestre.
Na semana passada, o sindicato fechou 28 agências no centro de São Paulo durante 24 horas como forma de alerta.
Segundo balanço da Contraf-CUT (Confederação Nacional
dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), aprovaram greve hoje, entre outros: SP, RJ, AC, AL,
BH (MG), Campinas (SP), CE,
Curitiba (PR), DF, PA, PE, PI,
Porto Alegre (RS), RO, RR, SE.
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