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TRIBUTOS
Projeto retoma benefícios para "vítimas do câmbio"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados
aprovou ontem projeto que
recria os benefícios tributários e de crédito concedidos a
setores afetados para sobrevalorização do real. As medidas constavam de uma medida provisória revogada na semana passada.
Voltada principalmente
para as empresas calçadistas,
têxteis e moveleiras, a MP foi
uma das vítimas da operação
montada pelo governo para
limpar a pauta de votações
da Câmara e acelerar a aprovação da proposta de emenda constitucional que prorroga a CPMF (Contribuição
Provisória sobre a Movimentação Financeira) por quatro
anos.
Para evitar a insatisfação
do empresariado e dos partidos aliados, o governo apresentou um projeto em regime de urgência de conteúdo
quase idêntico ao da MP revogada, que chegou em poucos dias ao plenário da Casa.
O texto aprovado ontem,
que agora vai ao Senado, dá
às empresas dos setores beneficiados que exportam pelo menos 60% de sua produção a possibilidade de importar insumos livres da cobrança de IPI, PIS e Cofins. A Câmara acrescentou que, para
as demais empresas, o percentual exigido para a concessão da mesma vantagem
cai de 80% para 70%.
Os setores beneficiados
também terão direito a linhas de crédito do BNDES
de R$ 3 bilhões, com juros favorecidos.
Os deputados incluíram
empresas de beneficiamento
de madeira e couro e o setor
de rochas ornamentais entre
os beneficiários dos empréstimos.
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