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iPhone passa a ser vendido hoje no Brasil
Preço do aparelho celular varia de R$ 899 a R$ 2.599 e será bem mais alto do que nos EUA, onde o mais caro custa R$ 540
30 mil aparelhos vão ser
colocados à venda pela
Claro nesse primeiro lote;
Vivo aposta em preço menor
para tentar atrair cliente
MARINA GAZZONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O iPhone 3G, telefone celular
da Apple, começa a ser vendido
hoje no Brasil pelas operadoras
Claro e Vivo. A Claro coloca
dois modelos no mercado com
preços que variam entre R$
1.000 e R$ 2.599. Já a Vivo oferece os mesmos aparelhos por
preços a partir de R$ 899, até
R$ 2.199. A expectativa de ambas as operadoras é que a procura pelo produto seja grande
nos próximos dias.
Com a reunião das funções
de iPod, câmera digital e acesso
à internet, o iPhone é um sucesso de vendas mundial. Em
ambas as operadoras brasileiras, o custo do aparelho é maior
que nos Estados Unidos, de
US$ 199 a US$ 299 (R$ 360 a R$
540). Claro e Vivo alegam que a
diferença de preços em comparação com o exterior é resultado dos impostos de importação
do celular, de cerca de 44%.
"É basicamente o mesmo
preço dos EUA mais impostos
cobrados no Brasil", disse o
presidente da Claro, João Cox.
Para driblar o preço maior que
o do exterior e que o do concorrente no mercado interno, Cox
aposta no aumento do prazo de
pagamento. Uma parceria da
Claro com a American Express
permitirá que os clientes comprem o iPhone em até 24 vezes
no cartão de crédito -a partir
de R$ 41,67 mensais.
Já a Vivo aposta nos preços
mais baixos e na fidelização dos
clientes para superar a concorrência na venda de iPhones,
afirma o diretor regional da Vivo, Carlos Cipriano. Segundo
ele, os clientes poderão utilizar
o sistema de pontos da Vivo para comprar o iPhone. "Com os
pontos, o preço pode cair para
R$ 600. E há até uma parcela de
clientes com muitos pontos
acumulados que poderá retirar
o aparelho de graça."
Com 30 mil aparelhos à venda no primeiro lote, a Claro já
espera que o estoque se esgote
em "questão de dias". Segundo
o presidente da empresa, a
maioria dos aparelhos será
vendida pelo sistema de televendas a clientes que se cadastraram no site da empresa para
receber informações sobre o
iPhone a partir de 11 de junho.
Ele não quis divulgar o total de
interessados, mas informou
que apenas na primeira semana cerca de 100 mil pessoas se
cadastraram. No entanto, os
clientes não cadastrados poderão adquirir o aparelho em 25
lojas próprias da Claro até que
o estoque acabe.
Já a Vivo encomendou um
primeiro lote de 200 mil aparelhos da Apple, que receberá de
forma parcelada. Apenas os
clientes da operadora que se cadastrarem no site poderão
comprar o produto. Cipriano
não informou o número de cadastros até o momento, mas
disse que são "algumas dezenas
de milhares".
O diretor da Vivo espera que
o volume seja suficiente para
atender a demanda neste ano,
inclusive as vendas de Natal.
No entanto, ressalta que a Vivo
pode fazer novos pedidos para
o período se perceber que a
quantidade não é suficiente.
iPhone importado
Mesmo antes do início das
vendas do iPhone no país, o uso
do aparelho já pode ser medido.
Segundo dados da consultoria
Predicta, mais da metade dos
acessos à internet via celular foi
realizado por iPhones em agosto -196 mil de 385 mil.
A Claro e a Vivo informaram
que os clientes que já possuem
iPhone poderão aderir aos seus
planos. Mesmo com a carta-branca das operadoras brasileiras e com os preços mais baixos
no exterior, o analista de Telecom da IDC Brasil, Vinícius
Caetano, disse que os usuários
devem ter cuidado para comprar o iPhone fora do país. "Antes você comprava na loja [no
exterior] e ativava em casa.
Agora você compra por US$
199, mas tem que pagar uma
multa de US$ 200 para se livrar
do contrato de fidelidade."
Para ele, a venda do iPhone
no Brasil deve aumentar ainda
mais o uso da banda larga móvel. "A grande inovação do produto foi trazer os "smartphones" [celulares com acesso a internet] do usuário corporativo
para o pessoal."
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