DA REPORTAGEM LOCAL

Os trabalhadores e as empresas pagaram R$ 115,903 bilhões em contribuições à Previdência Social no ano passado. Esse valor representa crescimento de 72,9% quando comparado aos R$ 67,029 bilhões recolhidos em 2001 (os valores são nominais). No mesmo período, a inflação pelo IPCA foi de 50,60%; pelo INPC, foi de 54,54%.
Esses valores indicam que cada um dos 184,184 milhões de brasileiros pagou R$ 629,28, em média, ao INSS em 2005. Há cinco anos, o valor médio pago foi de R$ 388,83, segundo estudo divulgado ontem pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
A exemplo da carga tributária federal, as regiões Sul e Sudeste são as que mais contribuem para a Previdência em termos per capita. Juntas, as duas regiões contribuem com R$ 74,20 de cada R$ 100 arrecadados pelo INSS.
Na região Sudeste, a carga tributária per capita destinada ao INSS foi de R$ 877,58 (o maior valor). Há cinco anos, estava em R$ 554,44 -alta de 58,28%, também superior à inflação acumulada desde 2001.
A arrecadação proporcionada pelo Sudeste caiu um pouco desde 2001, quando representava 60,77% de toda a receita previdenciária. No ano passado foi de 59,42%.
Os contribuintes do Sul pagaram, em média, R$ 635,15 cada um ao INSS no ano passado. Comparados aos R$ 386,54 pagos em 2001, constata-se aumento de 64,32%, índice igualmente superior à inflação do período.
O principal motivo para justificar os aumentos acima da inflação foi o reajuste no teto das contribuições ocorrido em janeiro de 2004, quando o valor subiu 28,4%, passando de R$ 1.869,34 para R$ 2.400. Hoje está em R$ 2.801,82.
Os contribuintes do Nordeste são os que menos pagam, em termos per capita, ao INSS. Cada um pagou R$ 30,45 no ano passado, valor 9,73% superior aos R$ 27,75 de 2001.
Na região Norte, o valor per capita destinado ao INSS cresceu 17,19% em cinco anos, passando de R$ 30,30 em 2001 para R$ 35,51 em 2005. (MC)


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