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ANO DO DRAGÃO
Se taxa se confirmar neste ano, será a segunda maior do governo FHC, só inferior aos 22,41% de 95
Mercado prevê que inflação será de 10%
NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A expectativa do mercado é que
a inflação deste ano seja a segunda
maior já registrada durante os
dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo pesquisa feita pelo Banco Central entre bancos e empresas de
consultoria, espera-se alta de 10%
no IPCA para este ano.
Durante o governo FHC, somente em 1995 o índice atingiu a
marca de dois dígitos. Naquele
ano, a alta ficou em 22,41%. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, é usado como referência para
o sistema de metas de inflação.
Caso chegue mesmo a 10%, o
governo terá descumprido as
duas metas fixadas para a inflação. Uma é determinada pelo
Conselho Monetário Nacional e
diz que a alta dos preços, medida
pelo IPCA, deve ficar em 3,5%
neste ano, com margem de tolerância de dois pontos para cima
ou para baixo -ou seja, podendo
chegar a 5,5%.
Já no acordo com o FMI (Fundo
Monetário Internacional), o governo brasileiro se comprometeu
a manter a inflação deste ano em
6,5%, com margem de 2,5 pontos
percentuais.
A expectativa do mercado em
relação ao comportamento da inflação é um dos itens considerados pelo BC na hora de definir os
juros básicos da economia. Na semana passada, a taxa passou de
21% para 22% ao ano, e a justificativa apresentada foi justamente a
elevação na expectativa de alta
dos preços para o ano que vem.
Segundo o levantamento do BC,
o mercado espera que a alta do IPCA chegue a 9,96% em 2003, bem
acima dos 4% previstos nas pesquisas feitas há seis meses. Para
2003, a meta de inflação fixada pelo governo é de 4%, com margem
de tolerância de 2,5 pontos.
Quando a expectativa do mercado é o aumento da inflação, o
BC eleva os juros para tentar evitar que esse maior pessimismo
alimente a alta dos preços.
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