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ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO
Taxa anualizada do terceiro trimestre registra a maior expansão desde o início de 1984
Economia norte-americana avança 8,2%
DA REDAÇÃO
O crescimento da economia
norte-americana no terceiro trimestre foi ainda mais espetacular
do que o estimado inicialmente. A
expansão, puxada pelo consumo
e pelos investimentos, teve o
maior ritmo em duas décadas.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o PIB
(Produto Interno Bruto) cresceu a
um ritmo anualizado de 8,2% entre julho e setembro. A estimativa
preliminar, divulgada no mês
passado, já indicava um forte
avanço: 7,2%.
No trimestre anterior, havia
ocorrido uma expansão de 3,3%.
"É o Dia de Ação de Graças",
festejou o secretário do Comércio
dos EUA, Donald Evans, em referência ao mais importante feriado
do país, comemorado amanhã.
O avanço foi o mais acelerado
desde a taxa de 9% registrada no
primeiro trimestre de 1984. A taxa
anualizada é uma projeção de
quanto a economia cresceria se o
ritmo do trimestre fosse mantido
durante 12 meses. Os EUA não divulgam a variação em relação ao
trimestre antecedente, como faz o
Brasil.
Dois fatores foram fundamentais para a revisão. Dados mais
completos revelaram que os investimentos foram mais elevados
do que se estimativa. Já a redução
de estoques foi menor.
O investimento aumentou a
uma taxa anualizada de 14% (e
não 11,1%, com divulgado inicialmente). Os gastos com software e
equipamentos dispararam 18,4%,
ritmo mais rápido em cinco anos.
"Os números do PIB são bastante positivos", afirmou Claire
Buchan, porta-voz da Casa Branca. "O presidente acredita que
ainda há trabalho a ser feito para
que o crescimento se traduza na
criação de emprego."
O dado mais comemorado pelos analistas foi a sólida expansão
dos lucros corporativos, que cresceram a um ritmo de 10,6% no período. Para os economistas, o ganho deu margem ao maior investimento. No trimestre anterior,
havia ocorrido uma queda de 5%
no lucro das empresas.
"A economia está pegando fogo", disse Patrick Fearon, da corretora AG Edwards and Sons.
"Boa parte da revisão veio dos investimentos, o que é positivo,
porque era uma das áreas mais
fragilizadas."
Confiança elevada
Em outra boa notícia, a confiança dos consumidores nos EUA subiu ao maior nível em 14 meses.
De acordo com o Conference
Board, instituto de pesquisa com
sede em Nova York, o índice de
confiança subiu dez pontos em
relação ao mês anterior e atingiu
91,7 pontos, ficando bem acima
das expectativas. O índice foi fixado em cem pontos em 1985.
"A melhora no indicador para a
situação atual sugere que os consumidores acreditam que esteja
ocorrendo uma recuperação do
mercado de trabalho", disse Lynn
Franco, diretor de pesquisa do
Conference Board.
Com agências internacionais
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