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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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ESPETÁCULO DO CRESCIMENTO

Taxa anualizada do terceiro trimestre registra a maior expansão desde o início de 1984

Economia norte-americana avança 8,2%

DA REDAÇÃO

O crescimento da economia norte-americana no terceiro trimestre foi ainda mais espetacular do que o estimado inicialmente. A expansão, puxada pelo consumo e pelos investimentos, teve o maior ritmo em duas décadas.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu a um ritmo anualizado de 8,2% entre julho e setembro. A estimativa preliminar, divulgada no mês passado, já indicava um forte avanço: 7,2%.
No trimestre anterior, havia ocorrido uma expansão de 3,3%.
"É o Dia de Ação de Graças", festejou o secretário do Comércio dos EUA, Donald Evans, em referência ao mais importante feriado do país, comemorado amanhã.
O avanço foi o mais acelerado desde a taxa de 9% registrada no primeiro trimestre de 1984. A taxa anualizada é uma projeção de quanto a economia cresceria se o ritmo do trimestre fosse mantido durante 12 meses. Os EUA não divulgam a variação em relação ao trimestre antecedente, como faz o Brasil.
Dois fatores foram fundamentais para a revisão. Dados mais completos revelaram que os investimentos foram mais elevados do que se estimativa. Já a redução de estoques foi menor.
O investimento aumentou a uma taxa anualizada de 14% (e não 11,1%, com divulgado inicialmente). Os gastos com software e equipamentos dispararam 18,4%, ritmo mais rápido em cinco anos.
"Os números do PIB são bastante positivos", afirmou Claire Buchan, porta-voz da Casa Branca. "O presidente acredita que ainda há trabalho a ser feito para que o crescimento se traduza na criação de emprego."
O dado mais comemorado pelos analistas foi a sólida expansão dos lucros corporativos, que cresceram a um ritmo de 10,6% no período. Para os economistas, o ganho deu margem ao maior investimento. No trimestre anterior, havia ocorrido uma queda de 5% no lucro das empresas.
"A economia está pegando fogo", disse Patrick Fearon, da corretora AG Edwards and Sons. "Boa parte da revisão veio dos investimentos, o que é positivo, porque era uma das áreas mais fragilizadas."

Confiança elevada
Em outra boa notícia, a confiança dos consumidores nos EUA subiu ao maior nível em 14 meses.
De acordo com o Conference Board, instituto de pesquisa com sede em Nova York, o índice de confiança subiu dez pontos em relação ao mês anterior e atingiu 91,7 pontos, ficando bem acima das expectativas. O índice foi fixado em cem pontos em 1985.
"A melhora no indicador para a situação atual sugere que os consumidores acreditam que esteja ocorrendo uma recuperação do mercado de trabalho", disse Lynn Franco, diretor de pesquisa do Conference Board.


Com agências internacionais


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