São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2008

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Bolsas sobem após novo pacote de ajuda nos EUA

Bovespa fecha em alta de 1,83%, e NY avança 0,43%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O novo pacote de estímulo à economia anunciado pelo governo norte-americano não chegou a trazer euforia ao mercado. Mas os pregões encerraram em terreno positivo nos principais centros financeiros.
A Bovespa terminou as operações de ontem em alta de 1,83%, aos 34.812 pontos. O índice Ibovespa, o mais relevante da Bolsa de Valores de São Paulo, ainda sofre queda de 6,56% no mês. No ano, a baixa acumulada alcança os 45,51%.
O dólar encerrou o dia com pequeno recuo, de 0,09%, vendido a R$ 2,323. No mês, a moeda tem alta de 7,55%. Segundo pesquisa do BC, o mercado conta com dólar a R$ 2,10 no fim de 2008.
Em Wall Street, o pregão foi de alternância de altas e baixas, com o Dow Jones encerrando o dia com ganho de 0,43%.
A ajuda ao Citigroup, que deu forte ânimo às Bolsas na segunda-feira, teve repercussão relevante ontem principalmente no mercado asiático. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 5,2%. A Bolsa de Hong Kong avançou 3,4%.
As altas na Europa foram moderadas: Londres subiu 0,44%, e Frankfurt ganhou 0,13%. Um dos destaques foi a notícia de que a BHP Billiton desistiu de adquirir sua concorrente Rio Tinto. O resultado foi a elevação nos valores dos papéis da BHP Billiton (que ganharam 7,24%) e a depreciação elevada da Rio Tinto (que perdeu 36,7%).
Hoje, os investidores vão conhecer o resultado do indicador de gastos dos consumidores americanos em outubro. Esse dado é um relevante sinalizador de como anda a economia dos EUA. Além disso, é acompanhado de perto pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), podendo, assim, mexer com as expectativas em relação ao futuro da política monetária norte-americana.
No Brasil, hoje será conhecido o IPCA-15. O índice de preços serve como uma prévia para o resultado do IPCA -que é o indicador de inflação oficial, utilizado pelo governo para monitorar sua meta.
Inflação sob controle é fundamental para que o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) volte a reduzir os juros. O próximo encontro ocorrerá nos dias 9 e 10 de dezembro.

Altas fortes
No pregão de ontem, companhias de diferentes setores encontraram espaço para registrar valorizações expressivas. A ação PN da Sadia avançou 15,12%. O papel ON da Cyrela Realt ganhou 14,10%; TIM Participações ON subiu 12,78%; e Gerdau Metalurgia PN, 9,20%.
Ontem a Gerdau informou a suspensão da produção de aço em duas de suas unidades. A ação preferencial da companhia fechou com alta de 4,88%.
Mesmo com o forte recuo do petróleo, que caiu mais de 6% ontem em Nova York (para US$ 50,77 o barril), as ações da Petrobras encerraram o dia com ganhos. O papel preferencial encerrou com alta de 0,67%. O ordinário subiu 1,71%.


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