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ÁGUIA EM TRANSE
EUA estudam cortar tributos sobre dividendos para estimular a economia; ricos seriam mais beneficiados
Bush prepara nova redução de impostos
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, estuda reduzir os impostos sobre os dividendos dos
investimentos em ações como
parte de um novo pacote de estímulo econômico. A medida, que
já desperta controvérsia antes
mesmo de ser posta em debate,
também teria o objetivo de dar
alento às Bolsas, que estão prestes
a encerrar o terceiro ano seguido
de perdas.
Segundo pessoas próximas à
Casa Branca, assessores de Bush
defendem uma redução de 50%
nos impostos sobre dividendos. A
idéia seria injetar recursos na economia e tornar o investimento em
ações mais atraente.
Mas, na opinião dos críticos do
projeto, tal redução de impostos
só beneficiaria a camada mais rica
da população (que é quem mais
aplica nas Bolsas) e agravaria ainda mais o déficit público norte-americano. Calcula-se que o novo
corte significaria perda de arrecadação de US$ 100 bilhões no período de dez anos.
Bush pretende dar um estímulo
de cerca de US$ 300 bilhões à economia, que ainda não se recuperou plenamente da recessão do
ano passado. Para empresários e
congressistas do Partido Republicano (ao qual pertence Bush), a
nova rodada de redução de impostos daria um estímulo positivo
no curto prazo.
No ano passado, Bush já havia
conseguido aprovar um pacote de
redução de impostos para pessoas
físicas e jurídicas no total de US$ 1
trilhão em um período de dez
anos.
Empresários norte-americanos
se queixam de que as empresas
sofrem uma "dupla taxação". Primeiro pagam o Imposto de Renda
e depois recolhem os tributos relativos aos dividendos que são
distribuídos aos acionistas.
A nova equipe econômica apresentará o pacote econômico no
mês que vem. Bush pretende pôr
a economia nos trilhos até o começo de 2004, quando tentará se
reeleger à Casa Branca.
Bush filho espera evitar o que
ocorreu com seu pai, há dez anos,
que deixou de se reeleger ao perder as eleições para o democrata
Bill Clinton. A despeito da popularidade alcançada com a Guerra
do Golfo (1991), a recessão econômica que sucedeu ao conflito no
Oriente Médio minou as chances
políticas de Bush pai.
Com agências internacionais
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