São Paulo, domingo, 27 de janeiro de 2002

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País está longe de fazer grande oferta de crédito

DA REPORTAGEM LOCAL

Nos anos 80, a hiperinflação corroía o dinheiro dos brasileiros, mas garantia de 30% a 40% dos lucros dos bancos, que compravam títulos de curto prazo, a taxas bastante altas, emitidos para financiar o déficit público.
Com a estabilização da economia em 94 e a entrada de instituições estrangeiras no país, apostava-se que os juros cairiam e que os bancos, enfim, partiriam para a oferta de crédito no mercado interno. As sucessivas crises internacionais e a disparada dos juros, no entanto, frustraram essas expectativas.
Apesar da expansão na oferta de crédito, o Brasil ainda é bastante atrasado nesse mercado. A relação entre a oferta total de crédito e o PIB é de apenas 29% no Brasil, contra 81% no Chile.
Os ganhos altos que os bancos têm financiando o governo também acabam sendo um entrave ao desenvolvimento do mercado de capitais. "As empresas não têm como competir com o governo, oferecendo remuneração mais alta", diz Cardim, da UFRJ. (EF)



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