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País está longe
de fazer grande oferta de crédito
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos anos 80, a hiperinflação corroía o dinheiro dos
brasileiros, mas garantia de
30% a 40% dos lucros dos
bancos, que compravam títulos de curto prazo, a taxas
bastante altas, emitidos para
financiar o déficit público.
Com a estabilização da
economia em 94 e a entrada
de instituições estrangeiras
no país, apostava-se que os
juros cairiam e que os bancos, enfim, partiriam para a
oferta de crédito no mercado
interno. As sucessivas crises
internacionais e a disparada
dos juros, no entanto, frustraram essas expectativas.
Apesar da expansão na
oferta de crédito, o Brasil
ainda é bastante atrasado
nesse mercado. A relação
entre a oferta total de crédito
e o PIB é de apenas 29% no
Brasil, contra 81% no Chile.
Os ganhos altos que os
bancos têm financiando o
governo também acabam
sendo um entrave ao desenvolvimento do mercado de
capitais. "As empresas não
têm como competir com o
governo, oferecendo remuneração mais alta", diz Cardim, da UFRJ.
(EF)
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