São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002

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ESCÂNDALO

Executivo, que depôs no Senado dos EUA, teria aplicado golpes contábeis

"Não menti", diz ex-diretor da Enron

DA REDAÇÃO

Jeffrey Skilling, que ocupou o cargo de diretor-executivo da energética norte-americana Enron até pouco antes de a empresa entrar em concordata, disse ontem, em depoimento no Senado, que "não mentiu para o Congresso nem para ninguém". O executivo também negou que tivesse enganado o Kenneth Lay, ex-presidente da Enron.
De acordo com o depoimento de uma vice-presidente do grupo, Skilling teria aplicado golpes contábeis e feito Lay de tolo, ao dar-lhe informações imprecisas sobre a situação financeira. As declarações dela haviam colocado em contradição o executivo, que há havia deposto.
Segundo Skilling, a empresa entrou em concordata, em dezembro passado, porque as suspeitas em relação às práticas contábeis derrubaram a credibilidade da empresa, que não teve como honrar suas dívidas. Para o executivo, não foram as práticas contábeis em si que levaram ao colapso.
O depoimento de Skilling durou cinco horas e meia. Ao contrário de outros executivos, ele preferiu falar. Indagado sobre por que não seguiu a atitude dos colegas que não depuseram, disse: "Não tenho nada para esconder".
Os senadores não se convenceram. Para eles, seria impossível Skilling não ter conhecimento das fraudes contábeis.


Com agências internacionais



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