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Ex-funcionários acusam Santander de fraude
ISABEL CAMPOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em depoimento que durou das
20h de segunda-feira até as 6h de
ontem, na Delegacia de Roubo a
Bancos de São Paulo, os três ex-operadores de mesa do Santander
Roberto Cantoni Rosa, Marcos
Aylon Leão Luz e Lincoln Dias
Miranda negaram a acusação de
que teriam fraudado o banco em
US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 4,5
milhões). E mais: Luz e Rosa fizeram acusações contra a instituição financeira.
A afirmação é do advogado dos
acusados, Fernando Castelo
Branco, que acompanhou o depoimento. Segundo ele, a polícia
também não apresentou provas
consistentes contra eles.
No caso de Miranda, Branco
não conseguiu compreender até o
momento o motivo de sua prisão,
já que ele estava afastado do banco desde março do ano passado e
as supostas operações que resultaram na fraude de US$ 1,9 milhão teriam acontecido posteriormente, entre abril e agosto.
De acordo com o advogado, durante o depoimento, Luz acusou
seu ex-chefe no Santander de ter
solicitado a ele, algumas vezes em
2001, em nome da diretoria da
instituição, que forjasse operações financeiras para melhorar os
resultados do banco.
Rosa também teria sido convocado para fazer tais tipos de operação, mas, diferentemente de
Luz, teria recusado o pedido.
Procurado pela Folha, o Santander disse que não vai se pronunciar sobre o assunto até porque não estava a par das acusações feitas durante o depoimento
e sobre as quais ainda não foram
apresentadas provas.
Os três acusados também afirmaram que têm imóveis e negócios em nome deles, mas que são
compatíveis com seus rendimentos, conforme consta de suas declarações do Imposto de Renda.
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