São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002

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Ex-funcionários acusam Santander de fraude

ISABEL CAMPOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Em depoimento que durou das 20h de segunda-feira até as 6h de ontem, na Delegacia de Roubo a Bancos de São Paulo, os três ex-operadores de mesa do Santander Roberto Cantoni Rosa, Marcos Aylon Leão Luz e Lincoln Dias Miranda negaram a acusação de que teriam fraudado o banco em US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 4,5 milhões). E mais: Luz e Rosa fizeram acusações contra a instituição financeira.
A afirmação é do advogado dos acusados, Fernando Castelo Branco, que acompanhou o depoimento. Segundo ele, a polícia também não apresentou provas consistentes contra eles.
No caso de Miranda, Branco não conseguiu compreender até o momento o motivo de sua prisão, já que ele estava afastado do banco desde março do ano passado e as supostas operações que resultaram na fraude de US$ 1,9 milhão teriam acontecido posteriormente, entre abril e agosto.
De acordo com o advogado, durante o depoimento, Luz acusou seu ex-chefe no Santander de ter solicitado a ele, algumas vezes em 2001, em nome da diretoria da instituição, que forjasse operações financeiras para melhorar os resultados do banco.
Rosa também teria sido convocado para fazer tais tipos de operação, mas, diferentemente de Luz, teria recusado o pedido.
Procurado pela Folha, o Santander disse que não vai se pronunciar sobre o assunto até porque não estava a par das acusações feitas durante o depoimento e sobre as quais ainda não foram apresentadas provas.
Os três acusados também afirmaram que têm imóveis e negócios em nome deles, mas que são compatíveis com seus rendimentos, conforme consta de suas declarações do Imposto de Renda.



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