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O POUSO DA ÁGUIA
Índice ficou muito abaixo do que o mercado esperava, indicando que recessão ainda não chegou ao fim
Desaba a confiança do consumidor nos EUA
DA REDAÇÃO
A corrente de economistas norte-americanos mais otimista, que
acredita que a recessão do país já
tenha chegado ao fim, levou um
duro golpe ontem. A confiança do
consumidor caiu para 94,1 pontos, índice muito abaixo do esperado pelos analistas.
Em janeiro, o índice revisado ficara em 97,8 pontos, de acordo
com o Conference Board, instituto privado que faz o levantamento. A expectativa era que o índice
deste mês ficasse em torno de 97
pontos.
Dois terços da economia dos
EUA são gerados a partir do consumo. Por isso, o índice de confiança do consumidor é um dos
indicadores mais observados para avaliar as perspectivas da atividade econômica.
Hoje, Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve (banco
central dos EUA), vai ao Congresso falar sobre a saúde econômica
do país. Espera-se que seu discurso seja otimista.
O índice de confiança do consumidor é composto por dois itens.
A avaliação do atual momento da
economia caiu de 98,1 para 94,8
pontos -a menor medição desde
abril de 1997. Já o item sobre expectativa caiu de 97,6 pontos para
93,6 pontos.
Ainda assim, analistas do mercado financeiro mostraram otimismo a respeito da recuperação.
"Não vejo motivo para preocupação", disse Oscar Gonzalez, do
banco John Cook. "As pessoas estão preocupadas com o desemprego, mas, por outro lado, a economia parece dar sinais de que está saindo da recessão."
Desemprego assusta
Os Estados Unidos, maior economia do planeta, entraram em
recessão no último mês de março.
A queda no ritmo foi agravada pelos ataques terroristas de setembro. É o primeiro ciclo de contração vivido pelo país desde 1991.
Um dos efeitos da crise foi a elevação da taxa de desemprego, que
estava em torno de 4% no final de
2000 e chegou a 5,8% em dezembro. Com as contratações de fim
de ano, em janeiro o índice caiu
para 5,6%.
A significativa queda no índice
de confiança do consumidor atingiu o ânimo dos investidores. As
principais Bolsas norte-americanas entraram em território negativo logo depois da divulgação do
indicador. No final do dia, a Nasdaq registrou perda de 0,17%, e o
Dow Jones, recuo de 0,30%.
"A queda era esperada, mas o
tamanho dela foi surpreendente",
disse Hugh Johnson, diretor de
investimentos do banco First Albany.
Fora o índice do Conference
Board, que consulta 5.000 norte-americanos todos os meses para
compor o indicador, o mercado
de Wall Street foi abalado pela notícia de que os EUA estariam iniciando um ataque ao Iraque. Mais
tarde, o Pentágono (Departamento de Defesa dos EUA) desmentiu
o boato.
Com agências internacionais
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