São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002

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PANORÂMICA

ELETRÔNICOS

PF agora investiga Lenoxx Sound no caso de contrabando em Manaus
A investigação sobre o megaesquema de contrabando internacional contra a Zona Franca de Manaus chegou à representação brasileira da empresa norte-americana Lenoxx Sound, especializada em produtos eletrônicos para consumo popular.
Produtos acabados da marca Lenoxx Sound, como microsystems e toca-CDs, foram encontrados irregularmente pela Receita Federal em contêineres nos portos de Manaus e Belém.
De acordo com as investigações da PF, as guias de importações da marca Lennox Sound estavam em nome da DM Eletrônica da Amazônia Ltda. No papel, os contêineres trariam insumos para fabricação dos produtos em Manaus, obtendo, assim, isenção fiscal.
Não há informações se os produtos dessa marca são de procedência asiática, como ficou constatado pelas investigações nas mercadorias apreendidas da DM com a marca CCE.
A reportagem procurou os diretores da Lenoxx em São Paulo, onde funciona a sede, mas até a conclusão desta edição não foi contatada de volta.
Segundo informações da página da Lennox Sound na internet, a DM é a empresa que fabrica os produtos da marca na Zona Franca de Manaus.
Por irregularidade nas operações, os sócios da DM enfrentam processo criminal, instaurado pelo juiz substituto da 3ª Vara de Justiça Federal de Manaus, Marcus Reis Bastos.
Eles foram denunciados por crimes de descaminho [importação de mercadorias sem o pagamento de impostos", formação de quadrilha, evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, entre outros.
Juízes, procuradores e delegados federais, além de advogados que participam das investigações sobre contrabando na Zona Franca de Manaus, podem sofrem processo penal por eventuais vazamentos de informações sobre o caso.
O alerta está em toda a documentação encaminhada às autoridades pela Justiça Federal do Amazonas. O motivo do sigilo é que a Justiça decretou o segredo do processo e as autoridades já têm em mãos a documentação referente à quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico das empresas investigadas. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS)


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