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MERCADO FINANCEIRO
Depois de atingir pico de US$ 1,29, moeda cede e cai para US$ 1,24; europeus falam em corte nos juros
Ameaça de intervenção contém alta do euro
DA REDAÇÃO
A disposição dos países europeus de não permitir que o euro
ultrapasse a marca de US$ 1,30
parece estar dando resultados, e a
intervenção retórica adotada por
políticos europeus fez a moeda
única cair para o seu menor valor
em quatro semanas.
Na semana passada, a moeda
européia atingiu o maior valor
desde que foi lançada, há cinco
anos, sendo vendida acima de
US$ 1,29. Ontem a moeda foi negociada abaixo de US$ 1,24.
Autoridades européias já deixaram claro que deverá ocorrer alguma intervenção cambial caso a
moeda única ultrapasse a cotação de US$ 1,30. Acima desse valor, as
exportações do continente poderiam ter a competitividade abalada, argumentam.
O primeiro-ministro (chanceler) alemão, Gerhard Schröder,
afirmou, durante visita aos Estados Unidos, que vê com preocupação o desequilíbrio na economia global, no que soou como uma crítica aos grandes déficits
norte-americanos tanto nas contas externas como internas. Tais
déficits são apontados como a principal causa do enfraquecimento do dólar.
"Grandes desequilíbrios na economia global e flutuações nas taxas de câmbio nos causam sérias
preocupações", disse Schröder
em um discurso ao Conselho de
Relações Exteriores de Chicago,
um dia antes do encontro que
manterá com o presidente dos
EUA, George W. Bush.
Anteontem, Schröder havia dito que a valorização do euro representa uma ameaça para as exportações. Afirmara ainda que o
Banco Central Europeu deveria
cortar os juros caso o dólar siga
em baixa.
Além do chanceler alemão, o
primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, também se mostrou favorável a uma redução na
taxa de juros, hoje em 2% ao ano.
"Compartilho a opinião do
chanceler sobre o corte nos juros", disse Raffarin ontem. "A paridade cambial não reflete a realidade econômica no momento. A
brutal natureza da reversão na paridade euro-dólar não é boa nem
para a Europa nem para os EUA."
Em Londres, o euro encerrou o
dia cotado a US$ 1,2429.
Nos EUA, as Bolsas fecharam
praticamente estáveis, sob o efeito
de indicadores mais fracos que a
expectativa. A venda de bens duráveis caiu 1,8% no mês passado e
houve uma ligeira alta nos pedidos de seguro-desemprego.
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