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Consumidor endividado opta por empréstimo para poder quitar suas dívidas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para presentear a sobrinha
que vai casar, a funcionária
pública Ana Isidoro, 47, cogita parcelar em até 15 vezes
um grill elétrico de R$ 169,90.
O valor da parcela (R$ 16,95)
vai se somar aos quase R$ 200
descontados todo mês de seu
salário -devido a um empréstimo- e à dívida de quase
R$ 1.400 ao condomínio do
prédio onde mora.
O empréstimo consignado,
com parcelas "a perder de vista", foi feito para quitar dívidas. Inicialmente, era de R$
2.000 -depois, Isidoro pediu
mais R$ 2.000. Nos últimos
meses, a situação em casa
apertou tanto, que ela deixou
de pagar o condomínio. "A
gente vai barrigando, empurrando", diz, após ter cortado
gastos de telefone, luz e água.
Para sanar as dívidas de R$
8.000 com o carro, o auxiliar
de escritório Jonathan de Oliveira, 27, pretende pedir empréstimo pela terceira vez a
uma financiadora. "Estou
vendo se pegando empréstimo fica mais viável quitar essa dívida e ficar devendo para
um lugar só." Ele e o companheiro ganham R$ 1.400, o
máximo que as financiadoras
querem lhe oferecer, diz.
A analista de call center Patrícia Ribeiro, 36, também fez
simulações de empréstimos,
mas acabou optando por quitar suas dívidas mês a mês.
"Mudei de cargo e demorou
para vir o aumento de salário.
Aí fui me endividando com os
cartões [de crédito], fiquei pagando o mínimo, juros sobre
juros. Mas, graças a Deus,
agora estou começando a me
restabelecer." Na seção de recuperação de crédito de uma
rede de varejo, ela acompanhava um colega que tentava
retirar o nome do SPC.
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