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CUT propõe abono em vez de reposição
DA REPORTAGEM LOCAL
A Federação Estadual dos Metalúrgicos, ligada à CUT (Central
Única dos Trabalhadores), também está solicitando às empresas
a reposição da inflação nos salários dos trabalhadores (10,39%),
mas aceita um abono em vez de
antecipação salarial, como quer o
Sindicato dos Metalúrgicos de
São Paulo, ligado à Força Sindical.
Essa proposta já foi encaminhada ontem às associações patronais, como Sindipeças e Anfavea.
"O que estamos solicitando é um
abono emergencial para repor a
inflação dos últimos quatro meses
e a antecipação da data-base de
novembro para setembro, quando seria reposta toda a inflação",
afirma Adi dos Santos Lima, presidente da federação.
A Federação Estadual dos Metalúrgicos reúne 13 sindicatos (250
mil trabalhadores). Santos Lima
diz que optou pelo abono porque
a antecipação salarial seria praticamente a volta da política do gatilho salarial. "A volta do gatilho
estimula a inflação, e isso não é
bom para o trabalhador", afirma.
O abono emergencial, diz, ameniza as perdas do poder aquisitivo
provocadas pela inflação. Na opinião de João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical,
essa proposta da CUT beneficia o
governo petista.
"Não é porque apoiamos o governo do PT que vamos deixar de
lutar por reposição salarial. Se os
trabalhadores optarem pela greve, estaremos com eles." A federação deu prazo de cinco dias para
as empresas discutirem a proposta de abono salarial.
(FF)
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