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São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2003

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CUT propõe abono em vez de reposição

DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação Estadual dos Metalúrgicos, ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), também está solicitando às empresas a reposição da inflação nos salários dos trabalhadores (10,39%), mas aceita um abono em vez de antecipação salarial, como quer o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força Sindical.
Essa proposta já foi encaminhada ontem às associações patronais, como Sindipeças e Anfavea. "O que estamos solicitando é um abono emergencial para repor a inflação dos últimos quatro meses e a antecipação da data-base de novembro para setembro, quando seria reposta toda a inflação", afirma Adi dos Santos Lima, presidente da federação.
A Federação Estadual dos Metalúrgicos reúne 13 sindicatos (250 mil trabalhadores). Santos Lima diz que optou pelo abono porque a antecipação salarial seria praticamente a volta da política do gatilho salarial. "A volta do gatilho estimula a inflação, e isso não é bom para o trabalhador", afirma.
O abono emergencial, diz, ameniza as perdas do poder aquisitivo provocadas pela inflação. Na opinião de João Carlos Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, essa proposta da CUT beneficia o governo petista.
"Não é porque apoiamos o governo do PT que vamos deixar de lutar por reposição salarial. Se os trabalhadores optarem pela greve, estaremos com eles." A federação deu prazo de cinco dias para as empresas discutirem a proposta de abono salarial. (FF)


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