DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse que a conta negativa das estatais no primeiro bimestre "não preocupa". "Na primeira parte do ano, isso é normal. No segundo semestre, elas [estatais] vão atingir a meta." A meta das estatais para o ano é de R$ 11,9 bilhões de superávit.
"As estatais vão dar a sua contribuição, como aconteceu no ano passado", disse. Em 2003, as estatais não cumpriram a meta de R$ 10,9 bilhões. O superávit primário alcançado pelas empresas foi de R$ 9,6 bilhões.
As estatais federais deixaram um saldo negativo para as contas públicas de R$ 6,317 bilhões no primeiro bimestre.
Congressistas governistas e de oposição viram mais como boa notícia do que como ruim a divulgação do aumento de gastos das estatais federais.
"O perigo é fazer uma leitura economicista e haver um aperto ainda maior", afirmou o deputado Custódio Mattos (MG), líder da bancada do PSDB na Câmara.
Para o deputado Pauderney Avelino (PFL-AM), vice-presidente da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o governo deveria aproveitar a situação e diminuir a meta de superávit primário agora.
"O governo tem que investir para estimular a geração de emprego. É necessária essa flexibilização, já que o superávit do governo passado era de 3,75%, foi a atual gestão que o elevou espontaneamente", afirmou.
O deputado Paulo Bernardo (PR), um dos coordenadores do PT na Comissão de Orçamento, afirmou que o governo vai cumprir a meta de 4,25% de superávit primário para o setor público e que o resultado do primeiro bimestre é normal devido ao momento, "crucial para a retomada do crescimento".


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