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Se cotação externa não recuar, país terá aumento no preço da gasolina
DA FOLHA ONLINE
Os preços dos combustíveis no
Brasil devem subir, a menos que
haja um recuo nas cotações externas do petróleo no segundo trimestre, disse o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra.
Ele disse esperar, no entanto,
uma queda no preço do petróleo
no próximo trimestre, como
ocorreu no ano passado. Dutra
afirmou que a empresa não vai
aumentar agora os preços dos
combustíveis, embora os preços
internacionais do petróleo estejam acima do cobrado atualmente pela Petrobras.
"Hoje, o nosso preço está abaixo
do preço internacional. Isso não é
novidade. Da mesma forma que
estiveram no primeiro trimestre
do ano passado. A expectativa é
que no segundo trimestre o preço
caia. Se isso não se confirmar, aí
nós vamos aumentar", afirmou.
O preço do barril de petróleo fechou ontem cotado a US$ 35,73
em Nova York. Na semana passada, o valor chegou a US$ 38,18, o
maior desde a Guerra do Iraque.
Os preços da Petrobras são balizados pelos do petróleo no mercado internacional e pela taxa de
câmbio. Dutra ressaltou que a
empresa não acompanha todas as
oscilações de preço no mercado
internacional.
"A nossa política de preços está
aderente com a do mercado aberto, mas não significa que vamos
aplicar no mercado interno a
mesma volatilidade do preço no
mercado internacional", afirmou.
A principal razão para a expectativa de queda de preço no segundo trimestre é a menor demanda por petróleo com o fim do
inverno no hemisfério Norte.
Ele descartou a idéia de que a estatal poderia estar segurando algum reajuste porque registrou lucro recorde no ano passado, de R$
17,8 bilhões.
"Não é porque nós lucramos demais no ano passado que temos
gordura para queimar", disse.
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