São Paulo, sábado, 27 de março de 2004

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Se cotação externa não recuar, país terá aumento no preço da gasolina

DA FOLHA ONLINE

Os preços dos combustíveis no Brasil devem subir, a menos que haja um recuo nas cotações externas do petróleo no segundo trimestre, disse o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra.
Ele disse esperar, no entanto, uma queda no preço do petróleo no próximo trimestre, como ocorreu no ano passado. Dutra afirmou que a empresa não vai aumentar agora os preços dos combustíveis, embora os preços internacionais do petróleo estejam acima do cobrado atualmente pela Petrobras.
"Hoje, o nosso preço está abaixo do preço internacional. Isso não é novidade. Da mesma forma que estiveram no primeiro trimestre do ano passado. A expectativa é que no segundo trimestre o preço caia. Se isso não se confirmar, aí nós vamos aumentar", afirmou.
O preço do barril de petróleo fechou ontem cotado a US$ 35,73 em Nova York. Na semana passada, o valor chegou a US$ 38,18, o maior desde a Guerra do Iraque.
Os preços da Petrobras são balizados pelos do petróleo no mercado internacional e pela taxa de câmbio. Dutra ressaltou que a empresa não acompanha todas as oscilações de preço no mercado internacional.
"A nossa política de preços está aderente com a do mercado aberto, mas não significa que vamos aplicar no mercado interno a mesma volatilidade do preço no mercado internacional", afirmou.
A principal razão para a expectativa de queda de preço no segundo trimestre é a menor demanda por petróleo com o fim do inverno no hemisfério Norte.
Ele descartou a idéia de que a estatal poderia estar segurando algum reajuste porque registrou lucro recorde no ano passado, de R$ 17,8 bilhões.
"Não é porque nós lucramos demais no ano passado que temos gordura para queimar", disse.


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