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Operadora troca nome por palavrão em conta de cliente
Vítima entra com ação cobrando indenização por danos morais da TIM
Tele afirma que já tomou providências e que o erro
foi cometido por empresa terceirizada que faz atendimento ao cliente
VITOR SORANO
DO "AGORA"
A. (nome fictício), 21, recebeu duas faturas e uma cobrança com o xingamento "filho da
puta que pariu" no espaço em
que deveria constar o nome do
cliente na conta telefônica.
Na ação em que pede indenização por danos morais, A. conta que, em agosto do ano passado, recebeu uma conta da TIM
no valor de R$ 721,07. Como
havia contratado o plano "Light
40" -mensalidade de R$ 44,90
por um pacote de 40 minutos
para ligações locais-, ligou para a central de atendimento da
empresa de telefonia para
questionar a dívida."Pelo que
me recordo, foram mais de 20
ligações", disse A. ao "Agora".
Cliente havia três meses, ele
não havia recebido nenhuma
cobrança desde então. "Só chegou uma conta com valor absurdo", afirmou.
Por meio da central de atendimento, A. conseguiu obter a
promessa da empresa de que o
valor seria corrigido. "Toda vez
que eu ligava, ficava um tempão
esperando, derrubavam a linha. Sempre caía a ligação. Até
que resolveram o problema e
mandaram a conta com outro
valor. Aí, estava minha mãe desesperada com a conta na
mão", contou A.
"Em casa tem caixa de correio, mas o carteiro entregou a
carta [da TIM] na mão da minha esposa" disse o pai de A., C.
(nome fictício), 44 anos.
Cadastro
O termo "filho da puta" foi
motivo de troça também na loja
da empresa, sustenta a defesa
de A. na ação. Antes de receber
a conta, o cliente tentou transferir a titularidade da linha telefônica para o nome de seu pai.
"Ocorre que, quando do atendimento pessoal, o funcionário
da ré [no caso, a TIM] [...], ao
acessar os dados do autor no
sistema informático, pôs-se a
rir inexplicavelmente, chamando, de forma sorrateira,
outros empregados para olharem o conteúdo do monitor do
computador", diz texto da ação.
"Ainda chegou mais uma fatura e um aviso de cobrança
[com os termos]", disse A. Como o cliente havia optado por
débito automático, os termos
chegaram também ao banco.
Em novembro, o juiz do processo determinou a correção
imediata das informações. O
que, segundo o advogado do
cliente, Adilson Polinski, foi
feito. "A vizinhança comenta,
né? O nome vem do lado de fora
do envelope, e tudo em letra
maiúscula", diz A.
Na ação, Polinski pede
R$ 300 mil de indenização pelos danos morais sofridos por
seu cliente. "Para mim, é muito
difícil quantificar quanto é que
vale a moral do meu filho e da
minha família", disse B., o pai
do cliente.
O processo foi para a seção de
conciliação em fevereiro. A.
disse que está sem celular particular. "Só uso o da empresa
[para a qual trabalha]."
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