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Mercado Aberto
Incorporação da BrT pode emperrar, diz analista
MARIA CRISTINA FRIAS
cristina.frias@uol.com.br
A conclusão do processo de
incorporação da BrT (Brasil
Telecom) pela Oi pode não se
concretizar após as novas condições oferecidas pela companhia para a troca de ações aos
acionistas minoritários, segundo analistas.
Especialistas do mercado
afirmam que há grandes chances de os acionistas minoritários da Brasil Telecom rejeitarem as novas relações de troca
propostas pela Oi.
De acordo com os novos valores, definidos após um ajuste
no cálculo das provisões destinadas ao pagamento de pendências judiciais da BrT, a Oi
pagará R$ 0,39 por ação ordinária e R$ 0,21 por papel preferencial da BrT, que representam redução de 12% e 3,5% sobre os valores anteriores.
As novas condições equivalem a uma economia de R$ 700
milhões para a Oi em ações que
deixarão de ser emitidas, mas
analistas afirmam que a própria operadora terá de arcar
com o gasto para que a integração seja finalizada.
"Isso atrapalha a integração.
É briga para ver quem paga a
conta. Os minoritários acham
que, como esse quadro só veio
após a compra, a conta deveria
ser da Oi, e a Oi acha que deveria ser dos minoritários", afirma Eduardo Tude, presidente
da consultoria Teleco.
"As relações de troca estão
sendo reduzidas com base na
avaliação da Telemar de provisões para perdas em processos
judiciais ainda não concluídos e
que não necessariamente resultarão em perda de fato para
a companhia, abrindo espaço
para contestações", informa
Luciana Leocadio, analista da
Ativa Corretora.
SEM ERRO
O livro "10 Mandamentos Para Fracassar Nos Negócios" (ed. Sextante), de Donald R. Keough, ex-presidente mundial da Coca-Cola, apresenta orientações sobre o que não fazer para ter prejuízo ou mesmo falir. O prefácio é assinado pelo megainvestidor norte-americano Warren Buffett.
DE OLHO NOS PIIGS
A BrandAnalytics,
consultoria em gestão
de valor das marcas,
acaba de inaugurar dois
escritórios na Europa
-um em Lisboa e outro
em Madri.
O objetivo do negócio
é otimizar o valor de
marcas espanholas e
portuguesas nos mercados brasileiro e latino-americano.
"A expansão deve-se
ao atual momento de
forte solidificação de
empresas europeias no
Brasil. O aumento da lucratividade das operações brasileiras começa
a chamar a atenção das
empresas", afirma
Eduardo Tomiya, sócio
da BrandAnalytics e
professor da FGV.
O executivo vê na operação uma oportunidade
de crescimento em razão da crise econômica
instalada nos Piigs (Portugal, Irlanda, Itália,
Grécia e Espanha).
"A crise afetou diretamente as empresas, por
causa do aumento das
taxas de juros, da queda
do nível de renda e da
demanda dos consumidores", afirma Tomiya.
Como consequência, o
valor de mercado das
empresas foi afetado, na
avaliação do executivo.
"O desenvolvimento
da Espanha, por exemplo, foi baseado na construção civil, e hoje esse
é o setor mais afetado
pela crise."
As empresas estão
procurando se protegerem para que a relação
com o mercado e com os
investidores não seja
afetada, completa o sócio da BrandAnalytics.
BOA VIZINHANÇA 1
Rodadas de negócios realizadas em Lima e Bogotá
neste mês devem resultar
em mais de US$ 26 milhões,
de acordo com estimativas
da Apex-Brasil. As 43 empresas brasileiras integrantes da missão empresarial
Colômbia-Peru, organizada
pela Apex-Brasil e pelo Ministério do Desenvolvimento, tiveram mais de 800 contatos com compradores de
ambos os países.
BOA VIZINHANÇA 2
Durante a missão houve
reuniões de negócios entre
empresas brasileiras, peruanas e colombianas, dos segmentos de casa e construção
civil, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, máquinas e
equipamentos, químicos,
saúde e veículos. Em 2009, o
intercâmbio comercial do
Brasil com a Colômbia foi de
US$ 2,3 bilhões. O Brasil exportou US$ 1,8 bilhão e importou US$ 568 milhões.
Rio de Janeiro lidera ranking de ocupação de imóvel comercial
A cidade do Rio de Janeiro lidera ranking com a menor taxa
de vacância de imóveis comerciais para alugar no mundo.
A quantidade de espaços vagos em relação ao total disponível era de 0,6% em dezembro
do ano passado, segundo levantamento realizado pela Colliers
International, em 154 cidades
de 61 países.
No final de 2008, o Rio de Janeiro ocupava a terceira colocação no ranking, com taxa de
1,2%. De lá para cá, diminuiu
ainda mais a quantidade de
imóveis vagos.
A taxa de vacância em um
mercado equilibrado é da ordem de 7% a 9%, segundo Ricardo Betancourt, presidente
da Colliers no Brasil.
A baixa taxa de vacância é explicada pela pouca quantidade
de construção de novos empreendimentos comerciais na
cidade e pela atual demanda
aquecida do mercado.
"O Rio de Janeiro é uma cidade onde é muito difícil construir, porque a quantidade de
terrenos disponíveis é muito
pequena", diz Betancourt.
Com a baixa oferta, o preço
médio do metro quadrado para
locação subiu, e o Rio de Janeiro já ocupa o quinto lugar entre
as cidades mais caras.
A pesquisa também revelou
que São Paulo é a quinta cidade
no mundo com o maior número de construções para serem
entregues nos próximos anos.
A líder é Moscou, seguida por
Guangzhou, na China, e Dubai.
"Com a baixa taxa de vacância em São Paulo, o mercado
passou a ficar interessante para
o investidor", afirma o presidente da Colliers.
A pesquisa leva em conta edifícios considerados de classe A
ou A+ no mercado imobiliário
corporativo.
com JOANA CUNHA E ALESSANDRA KIANEK
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