São Paulo, sábado, 27 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Na reta final do IPI menor, montadoras ampliam ofertas

Benefício tributário chega ao fim na próxima quarta-feira; expectativa é que os veículos tenham um reajuste médio de 4%

No fim de semana, revendas oferecem ofertas especiais, como parcelamento em até 72 meses e início do pagamento depois da Copa


PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Chega ao fim na próxima quarta a redução do IPI sobre os carros, com campanhas intensivas das montadoras para aproveitar a demanda aquecida na reta final do benefício.
Com o imposto reduzido, os preços dos veículos têm um abatimento médio de 4%. Segundo as montadoras, não será possível absorver nos custos o aumento da carga tributária, o que levará ao repasse do IPI tão logo o benefício chegue ao fim.
"Essa alíquota terá de ser repassada integralmente ao consumidor. Esse é um entendimento de todas as montadoras", disse o gerente de marketing regional da Chevrolet, Rodrigo Rumi.
Ele ressalta, porém, que mesmo após o dia 31 ainda será possível encontrar modelos com o preço menor, já que os concessionários ainda terão em seus estoques unidades faturadas antes do início de abril. "Mas isso vai durar poucos dias e não há garantia de que o cliente encontre o modelo de sua escolha nessas condições", afirmou.
Até quarta, as montadoras apostam em campanhas de marketing agressivas para atrair clientes. Nos feirões e na rede de distribuição da Fiat, é possível parcelar qualquer modelo da linha em 72 meses. Já a Ford oferece promoções de carros sem entrada e pagamento da primeira parcela só depois da Copa. A GM promove descontos que vão até R$ 6.600. E a Volks também oferece preços promocionais.
Para Ivan Nakano, gerente de marketing de varejo da Ford, a expectativa é que as vendas assumam ritmo "muito forte" nos próximos dias, já que não há mais possibilidade de nova prorrogação do benefício.
O governo anunciou a redução do IPI sobre carros em dezembro de 2008 como medida de combate à crise global, que, no Brasil, levou a uma acentuada queda nas vendas das montadoras e desemprego no setor.
O benefício, que inicialmente deveria terminar no final de março de 2009, foi três vezes prorrogado, até que o governo estipulou um retorno escalonado do imposto.
"Como agora não há mais expectativa de prorrogação, o movimento nas lojas está mais forte do que das outras vezes", afirmou Nakano.
Mesmo com o reforço na produção, as concessionárias relatam casos de falta de modelos para pronta entrega. Alguns veículos como Fox, Gol e Polo, da Volks, Punto e Idea, da Fiat, Focus e Fiesta, da Ford, e Agile, da GM, estão em falta em algumas revendas de São Paulo.
A expectativa das montadoras é que as vendas batam recorde neste mês.


Texto Anterior: Roberto Rodrigues: Adidos agrícolas, até que enfim!
Próximo Texto: Toyota: Montadora para na França e Reino Unido
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.