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Na reta final do IPI menor, montadoras ampliam ofertas
Benefício tributário chega ao fim na próxima quarta-feira; expectativa é que os veículos tenham um reajuste médio de 4%
No fim de semana, revendas oferecem ofertas especiais, como parcelamento em até 72 meses e início do pagamento depois da Copa
PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Chega ao fim na próxima
quarta a redução do IPI sobre
os carros, com campanhas intensivas das montadoras para
aproveitar a demanda aquecida
na reta final do benefício.
Com o imposto reduzido, os
preços dos veículos têm um
abatimento médio de 4%. Segundo as montadoras, não será
possível absorver nos custos o
aumento da carga tributária, o
que levará ao repasse do IPI tão
logo o benefício chegue ao fim.
"Essa alíquota terá de ser repassada integralmente ao consumidor. Esse é um entendimento de todas as montadoras", disse o gerente de marketing regional da Chevrolet, Rodrigo Rumi.
Ele ressalta, porém, que mesmo após o dia 31 ainda será possível encontrar modelos com o
preço menor, já que os concessionários ainda terão em seus
estoques unidades faturadas
antes do início de abril. "Mas isso vai durar poucos dias e não
há garantia de que o cliente encontre o modelo de sua escolha
nessas condições", afirmou.
Até quarta, as montadoras
apostam em campanhas de
marketing agressivas para
atrair clientes. Nos feirões e na
rede de distribuição da Fiat, é
possível parcelar qualquer modelo da linha em 72 meses. Já a
Ford oferece promoções de
carros sem entrada e pagamento da primeira parcela só depois da Copa. A GM promove
descontos que vão até R$
6.600. E a Volks também oferece preços promocionais.
Para Ivan Nakano, gerente de
marketing de varejo da Ford, a
expectativa é que as vendas assumam ritmo "muito forte" nos
próximos dias, já que não há
mais possibilidade de nova
prorrogação do benefício.
O governo anunciou a redução do IPI sobre carros em dezembro de 2008 como medida
de combate à crise global, que,
no Brasil, levou a uma acentuada queda nas vendas das montadoras e desemprego no setor.
O benefício, que inicialmente
deveria terminar no final de
março de 2009, foi três vezes
prorrogado, até que o governo
estipulou um retorno escalonado do imposto.
"Como agora não há mais expectativa de prorrogação, o movimento nas lojas está mais forte do que das outras vezes",
afirmou Nakano.
Mesmo com o reforço na
produção, as concessionárias
relatam casos de falta de modelos para pronta entrega. Alguns
veículos como Fox, Gol e Polo,
da Volks, Punto e Idea, da Fiat,
Focus e Fiesta, da Ford, e Agile,
da GM, estão em falta em algumas revendas de São Paulo.
A expectativa das montadoras é que as vendas batam recorde neste mês.
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