São Paulo, sexta-feira, 27 de abril de 2007

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Investidor embolsa lucro e Bolsa tem baixa de 1,2%

Ata do Copom não anima mercado; dólar sobe 0,35%

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa abriu o pregão de ontem em patamar recorde, acumulando valorização mensal de 8,45%. Sem nenhuma notícia impactante para animar os investidores, a ordem que predominou foi a de vender ações que subiram muito nas últimas semanas e embolsar o lucro acumulado. Para a Bolsa paulista, o resultado foi uma queda de 1,22% ontem.
O mercado acionário norte-americano conseguiu se manter em alta. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,12%; a Nasdaq registrou ganhos de 0,26%.
A aguardada ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) não conseguiu empolgar os investidores. Diferentemente do que uma parcela do mercado esperava, a ata não sinalizou um aprofundamento no tamanho dos cortes que se esperam para a taxa básica Selic até o fim do ano.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), houve elevação nas taxas projetadas em vários contratos DI (que mostram os juros futuros).
No contrato DI mais negociado no pregão de ontem, que tem vencimento programado para a virada do ano, a taxa subiu de 11,57% para 11,61%.
O conteúdo da ata foi lido com mais atenção que o habitual, pois a última decisão do Copom não foi consensual -houve quatro votos a favor de uma queda de 0,25 ponto percentual na Selic e três a favor de uma redução de 0,5%. A taxa Selic foi reduzida de 12,75% para 12,5% anuais.
"A ata tira aquela impressão que o mercado sempre tem de que o voto não-consensual em um encontro do Copom é uma espécie de aviso em relação à próxima reunião", avaliou Alexandre Póvoa, diretor responsável pela Modal Asset. "Apesar de reconhecermos que há um longo caminho a ser percorrido até a próxima reunião, apostamos em uma retomada do ritmo de corte de 0,5 ponto", diz.
O Copom só voltará a se reunir nos dias 5 e 6 de junho.
O dólar terminou em alta de 0,35%, vendido a R$ 2,028.
O BC voltou a atuar no mercado à vista (adquirindo dólares) e no mercado futuro (com a venda de títulos).


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