DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A África do Sul, Espanha, França, Japão e México enfrentarão maiores dificuldades para exportar aço para o Brasil. Entrou em vigor, ontem, portaria que sobretaxa os laminados a frio, aços inoxidáveis e produtos planos desses países, baseado num processo que os acusa de prática desleal de comércio.
"As alíquotas mais altas vão assegurar às empresas nacionais condições de competir com as estrangeiras", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Benjamin Siscú.
A sobretaxa foi imposta para evitar danos à indústria nacional. Um processo de dumping (prática desleal de comércio) concluiu que um aumento nos volumes da importação desse tipo de aço a um preço abaixo do praticado nos mercados internos dos países exportadores justifica a proteção.
O processo de antidumping foi aberto a pedido da Acesita, siderúrgica nacional. Além dos tipos de aço listados acima, a Acesita também pediu sobretaxas para produtos planos e aços inoxidáveis de maior espessura e laminados a quente. O pedido foi negado.
A maior sobretaxa será paga pelo espanhóis, 78,2% sobre o preço de importação do produto. A menor sobretaxa será paga pela África do Sul: 6%.
Segundo dados usados para justificar a proteção, a importação dos laminados a frio agora sobretaxados cresceu 144,5% de 1994 a 1998, atingindo a cifra de US$ 44 milhões. No mesmo período a quantidade importada cresceu 177,2%, alcançando 26.630 toneladas.
A participação dos produtos exportados pelos países agora sobretaxados é de pelo menos 68% do total, segundo o processo.


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