São Paulo, sábado, 27 de maio de 2000


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MERCADOS
Investidor não toma posições significativas e mostra cautela em véspera de feriado; Nasdaq cai apenas 0,01%
Bolsas norte-americanas têm dia estável

DA REDAÇÃO

Os mercados de ações dos EUA fecharam tranquilos ontem, após um dia de pregões agitados.
O Nasdaq Composite (indicador da Bolsa eletrônica que reúne ações de empresas de informática e novas tecnologias) fechou a semana estável, a -0,01%.
O Dow Jones (índice das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York, que representa as empresas da "velha economia") também refletiu a cautela dos investidores e fechou a semana com pequena queda: -0,24%.
Esses índices refletem a percepção de que economia dos EUA está reduzindo seu ritmo, em decorrência do aumento da taxa de juros, ocorrido na semana passada.
Ontem, o Departamento de Comércio divulgou dados macroeconômicos que mostram que o país já está reduzindo o ritmo do crescimento econômico, respondendo aos objetivos do Fed (banco central dos EUA).
Além disso, os investidores evitaram se manter em posições significativas na véspera do Memorial Day, o feriado que marca o início das férias de verão do país.

Gastos crescem menos
O Departamento do Comércio anunciou ontem que o crescimento dos gastos pessoais aumentou, mas em um ritmo menor, ao contrário do que se verificou com a renda pessoal, que acelerou seu ritmo de crescimento.
Em abril o norte-americano gastou mais 0,4% em suas despesas, contra um aumento de 0,6% em março. A renda pessoal, que já havia crescido 0,6% em março, aumentou 0,7% em abril.
Também foi divulgado que a procura por bens duráveis, importante indicador da atividade econômica, diminuiu 6,4%. É a maior queda desde dezembro de 1991 e mostra a inversão da tendência de alta de 4,5% em março.
Embora o lado da demanda continue mostrando a efervescência da economia norte-americana, os dados marcam o início da diminuição do ritmo em algumas variáveis macroeconômicas.
Em quase um ano de aumento na taxa de juros, a política monetária norte-americana finalmente começa a atingir seu objetivo. Entretanto, a renda crescente, que resultou de um período de 30 anos de baixo desemprego, continua preocupando analistas.
Há quem tema que os negócios deverão transferir os custos maiores com os trabalhadores para os produtos finais. Até agora, a tecnologia que tem elevado os índices de produtividade tem compensado os custos crescentes do trabalho, mas existe o alerta de que um declínio na produtividade possa causar mais inflação.
A elevação da renda em abril incluiu 0,9% de aumento nos salários, contra 0,6% em março.



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