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MERCADOS
Investidor não toma posições significativas e mostra cautela em véspera de feriado; Nasdaq cai apenas 0,01%
Bolsas norte-americanas têm dia estável
DA REDAÇÃO
Os mercados de ações dos EUA
fecharam tranquilos ontem, após
um dia de pregões agitados.
O Nasdaq Composite (indicador da Bolsa eletrônica que reúne
ações de empresas de informática
e novas tecnologias) fechou a semana estável, a -0,01%.
O Dow Jones (índice das ações
mais negociadas na Bolsa de Nova
York, que representa as empresas
da "velha economia") também refletiu a cautela dos investidores e
fechou a semana com pequena
queda: -0,24%.
Esses índices refletem a percepção de que economia dos EUA está reduzindo seu ritmo, em decorrência do aumento da taxa de juros, ocorrido na semana passada.
Ontem, o Departamento de Comércio divulgou dados macroeconômicos que mostram que o
país já está reduzindo o ritmo do
crescimento econômico, respondendo aos objetivos do Fed (banco central dos EUA).
Além disso, os investidores evitaram se manter em posições significativas na véspera do Memorial Day, o feriado que marca o
início das férias de verão do país.
Gastos crescem menos
O Departamento do Comércio
anunciou ontem que o crescimento dos gastos pessoais aumentou, mas em um ritmo menor, ao contrário do que se verificou com a renda pessoal, que acelerou seu ritmo de crescimento.
Em abril o norte-americano
gastou mais 0,4% em suas despesas, contra um aumento de 0,6%
em março. A renda pessoal, que já
havia crescido 0,6% em março,
aumentou 0,7% em abril.
Também foi divulgado que a
procura por bens duráveis, importante indicador da atividade
econômica, diminuiu 6,4%. É a
maior queda desde dezembro de
1991 e mostra a inversão da tendência de alta de 4,5% em março.
Embora o lado da demanda
continue mostrando a efervescência da economia norte-americana, os dados marcam o início
da diminuição do ritmo em algumas variáveis macroeconômicas.
Em quase um ano de aumento
na taxa de juros, a política monetária norte-americana finalmente
começa a atingir seu objetivo. Entretanto, a renda crescente, que
resultou de um período de 30
anos de baixo desemprego, continua preocupando analistas.
Há quem tema que os negócios
deverão transferir os custos maiores com os trabalhadores para os
produtos finais. Até agora, a tecnologia que tem elevado os índices de produtividade tem compensado os custos crescentes do
trabalho, mas existe o alerta de
que um declínio na produtividade
possa causar mais inflação.
A elevação da renda em abril incluiu 0,9% de aumento nos salários, contra 0,6% em março.
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