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CAVALO-DE-PAU
Dívida atrelada ao câmbio não será renovada integralmente; Palocci nega intervenção, e exportador comemora
BC atua, e dólar tem a maior alta do ano
DA REDAÇÃO
Depois de prometer que não adotaria
medidas para impedir a valorização excessiva do real, o Banco Central provocou
ontem a maior alta do dólar no ano ao
anunciar que não renovará integralmente
sua dívida atrelada ao câmbio. O dólar
disparou logo após o anúncio da medida.
Fechou o dia com uma valorização de
3,87%, a R$ 3,03. O ministro da Fazenda,
Antonio Palocci Filho, negou que tenha
havido uma intervenção. Segundo ele, a
decisão visou "reduzir progressivamente,
com critérios de mercado, sem surpresas
e sem mágicas, o endividamento cambial
do país". Na prática, o governo venderá
menos títulos indexados ao dólar do que
os que tem que resgatar no vencimento.
Com isso, mais investidores serão obrigados a comprar dólares para se proteger de
variações ou para apostar no câmbio,
pressionando a cotação da moeda. "A
mudança nos ajuda", disse José Augusto
de Castro, diretor da AEB (Associação de
Comércio Exterior do Brasil).
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