UOL


São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

MERCADO FINANCEIRO

Bolsa cai 2,21% com valorização do dólar e sugestão de reajuste menor para a tarifa da Eletropaulo

Medida do BC e Aneel derrubam Bovespa

DA REPORTAGEM LOCAL

A valorização do dólar e notícias sobre os reajustes de tarifas de energia e telecomunicações derrubaram o preço das ações na Bolsa de Valores de São Paulo.
O Ibovespa, índice que mede a variação dos papéis mais transacionados na Bolsa, fechou em baixa de 2,21%.
O feriado ontem nos Estados Unidos (Memorial Day, dia em que o país homenageia os americanos mortos em guerra) reduziu o volume das operações, que ficou em R$ 424,7 milhões -abaixo da média das últimas semanas.
Para os analistas, a mudança na política de rolagem dos títulos da dívida pública atrelada ao câmbio afeta negativamente a Bovespa no curto prazo devido à valorização do dólar.
As ações de empresas com dívida em dólares fecharam em forte queda. O índice que agrega as empresas de telecomunicações fechou em baixa de 2,6%. O das empresas de energia caiu 3,9% e foi o destaque negativo do dia.
Entretanto, segundo analistas, as ações de empresas de eletricidade também caíram devido ao aumento sugerido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) à Eletropaulo, que veio abaixo do esperado.
No sentido contrário do Ibovespa, as ações de empresas exportadoras fecharam em alta, pelo fato de receberem seus pagamentos em recursos estrangeiros. As ações que mais subiram foram Aracruz PNB (3,3%), Embratel Participações ON (2,1%) e Embratel Participações PN (2,0%).

Recuperação
Apesar de a mudança na rolagem de títulos cambiais ter derrubado o preço das ações na Bovespa, os analistas acreditam que o efeito da medida será positivo no longo prazo.
Segundo eles, a diminuição da rolagem dos "swaps" cambiais fará o Banco Central melhorar o perfil da dívida pública brasileira. Para eles, o alto percentual da dívida em dólares torna o país mais vulnerável aos períodos de instabilidade econômica e impede que o país melhore a sua classificação de crédito segundo as agências internacionais.
Os analistas acreditam que a mudança poderá fazer as agências elevarem a classificação da dívida do país. Caso isso aconteça, a classificação das empresas também poderá ser elevada, o que diminuiria o custo dos empréstimos.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: O vaivém das commodities
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.