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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa cai 2,21% com valorização do dólar e sugestão de reajuste menor para a tarifa da Eletropaulo
Medida do BC e Aneel derrubam Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
A valorização do dólar e notícias sobre os reajustes de tarifas
de energia e telecomunicações
derrubaram o preço das ações na
Bolsa de Valores de São Paulo.
O Ibovespa, índice que mede a
variação dos papéis mais transacionados na Bolsa, fechou em baixa de 2,21%.
O feriado ontem nos Estados
Unidos (Memorial Day, dia em
que o país homenageia os americanos mortos em guerra) reduziu
o volume das operações, que ficou em R$ 424,7 milhões -abaixo da média das últimas semanas.
Para os analistas, a mudança na
política de rolagem dos títulos da
dívida pública atrelada ao câmbio
afeta negativamente a Bovespa no
curto prazo devido à valorização
do dólar.
As ações de empresas com dívida em dólares fecharam em forte
queda. O índice que agrega as empresas de telecomunicações fechou em baixa de 2,6%. O das empresas de energia caiu 3,9% e foi o
destaque negativo do dia.
Entretanto, segundo analistas,
as ações de empresas de eletricidade também caíram devido ao
aumento sugerido pela Aneel
(Agência Nacional de Energia
Elétrica) à Eletropaulo, que veio
abaixo do esperado.
No sentido contrário do Ibovespa, as ações de empresas exportadoras fecharam em alta, pelo fato
de receberem seus pagamentos
em recursos estrangeiros. As
ações que mais subiram foram
Aracruz PNB (3,3%), Embratel
Participações ON (2,1%) e Embratel Participações PN (2,0%).
Recuperação
Apesar de a mudança na rolagem de títulos cambiais ter derrubado o preço das ações na Bovespa, os analistas acreditam que o
efeito da medida será positivo no
longo prazo.
Segundo eles, a diminuição da
rolagem dos "swaps" cambiais fará o Banco Central melhorar o
perfil da dívida pública brasileira.
Para eles, o alto percentual da dívida em dólares torna o país mais
vulnerável aos períodos de instabilidade econômica e impede que
o país melhore a sua classificação
de crédito segundo as agências internacionais.
Os analistas acreditam que a
mudança poderá fazer as agências
elevarem a classificação da dívida
do país. Caso isso aconteça, a classificação das empresas também
poderá ser elevada, o que diminuiria o custo dos empréstimos.
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