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São Paulo, terça-feira, 27 de maio de 2003

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Diesel de girassol
Um grupo de produtores de Dourados (MS), sob a orientação da Embrapa Agropecuária Oeste, vai instalar uma usina de transformação de girassol em óleo combustível. As prensas de extração, que produzem de 100 a 500 litros de óleo por hora, permitem obter o produto a R$ 0,63 por litro.

Da prensa ao trator
Euclides Maranho, técnico da Embrapa, diz que o óleo de girassol vai direto da prensa para o trator, sem nenhum aditivo. Além da redução de custos na utilização do girassol como combustível, os agricultores vão obter a torta de girassol, rica em proteína.

Cultura de sucessão
Maranho diz que o cultivo de girassol será uma nova fonte de recursos para os produtores, já que o produto será semeado na safrinha, após a soja. A Cati, do governo paulista, fará amanhã uma demonstração sobre a produção desse óleo na Expoagro.

Mistura de álcool
O Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool aprovou ontem o retorno da mistura de álcool à gasolina em 25%, índice que tinha sido reduzido para 20% no início do ano devido aos estoques baixos do produto. A nova porcentagem de mistura entra em vigor no início de junho.

Efeito safra
A evolução das colheitas de feijão no Paraná e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste derrubaram os preços do produto. A queda ocorreu tanto nos preços pagos aos produtores como nos do atacado. Em maio, a queda foi de 10% para os produtores paranaenses de feijão carioquinha.

Fim de colheita
Os produtores gaúchos caminham para o fim da safra, que deve ficar abaixo de 5 milhões de toneladas. Com isso, o volume nacional será próximo de 10 milhões de toneladas. Os números são da Brandalizze Consulting, de Curitiba. O consumo nacional previsto é de 12,5 milhões de toneladas.

Queda no campo
Os preços recebidos pelos produtores paulistas tiveram a quarta semana consecutiva de queda, conforme pesquisa do Instituto de Economia Agrícola. Na média, a redução foi de 3,73% no acumulado dos últimos 30 dias até a terceira semana deste mês.

Poucas altas
Poucos produtos subiram. Os destaques foram arroz (15%) cana-de-açúcar (13%) e café (4%). Entre as quedas, destaque para feijão e milho, ambos com 22%.

Balança comercial
O agronegócio mantém bom ritmo nas exportações. Os dados de ontem da Secex mostram que as receitas diárias com as vendas externas de soja atingiram US$ 48 milhões, 175% mais do que em igual período de 2002. Já as receitas com carnes somaram US$ 14 milhões por dia, com alta de 41%.

Gastos maiores
Se as exportações foram boas, as importações também cresceram. Os gastos com cereais somaram US$ 6 milhões por dia neste mês, com alta de 47% sobre o mesmo período de 2002. Já as compras de fertilizantes somaram US$ 5 milhões, com aumento de 37%.

E-mail:
mzafalon@folhasp.com.br


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