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Preço do gás encanado vai baixar no dia 31
Tarifas cairão porque o reajuste é calculado principalmente com base no IGP-M, que ficou negativo em 0,92% até abril
Baixa beneficiará cerca de 500 mil clientes da Comgás e 26 mil da Gás Natural São Paulo Sul; percentual de queda depende do consumo
DO "AGORA"
Ao contrário do que os consumidores temiam, o preço do
gás canalizado, usado por residências, indústrias e pelo comércio, vai cair. As tarifas ficarão mais baixas porque o reajuste é calculado principalmente com base no IGP-M (Índice
Geral de Preços do Mercado),
que ficou negativo em 0,92% de
maio de 2005 a abril de 2006.
As tarifas cairão a partir do
dia 31 deste mês para cerca de
500 mil clientes da Comgás e
26 mil da Gás Natural São Paulo Sul (SPS), conforme anúncio
ontem da CSPE (Comissão de
Serviços Públicos de Energia).
Para os consumidores residenciais, a redução vai variar de
1,36% a 1,76% (Comgás) e de
0,96% a 1,9% (SPS), dependendo da faixa de consumo. Já o
preço do GNV, usado principalmente por taxistas, não vai cair
na área de cobertura da Comgás. Na área da SPS, como a cidade de Sorocaba (a 100 km da
capital), a queda do combustível ficará em 2,89%.
Com a nacionalização do gás
na Bolívia, decretada no dia 1º
deste mês, havia o temor de aumento de preço. O governo brasileiro ainda negocia com o governo de Evo Morales.
IPCA-15
A inflação deste mês medida
pelo IPCA-15 (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo-15) subiu para 0,27%, depois de ter
registrado 0,17% em abril.
A alta na inflação foi impulsionada pelo reajuste dos preços dos remédios. Os medicamentos subiram 2,45% no mês,
contribuindo com 0,10 ponto
percentual no resultado geral
do IPCA-15, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE.
A Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) autorizou reajuste
médio de 5,5% no preço dos remédios em 31 de março.
Com o resultado deste mês, o
IPCA-15 subiu 1,85% no ano e
4,31% nos últimos 12 meses.
O repasse defasado da alta do
álcool combustível no preço da
gasolina em algumas localidades também influenciou a alta
do índice. Já o álcool, com o aumento da oferta de cana-de-açúcar, caiu 4,21%.
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