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DEBATE
Fórum Mundial faz 1ª reunião sobre o Brasil
DA REPORTAGEM LOCAL
O Fórum Econômico Mundial,
a ONG que catalisa a nata do empresariado e meio político mundiais para seus encontros, fará hoje em São Paulo sua primeira reunião voltada para discutir o Brasil.
O encontro, na Fundação Getúlio Vargas, limitado a cerca de 150
participantes, terá como tema a
competitividade da economia
brasileira. Como norte do debate
estarão os desafios do governo
para melhorar o posicionamento
do país na economia global.
Entre os participantes, estarão
os ministros Luiz Fernando Furlan (Indústria e Comércio) e Roberto Rodrigues (Agricultura) e o
secretário Tarso Genro (Desenvolvimento Social e Econômico).
Também confirmados são Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad (braço
da ONU para comércio e desenvolvimento) e a prefeita de São
Paulo, Marta Suplicy.
O Fórum Econômico Mundial
tem status de consultora das Nações Unidas. Anualmente, desde
os anos 70, promove uma reunião
em Davos, na Suíça, com a elite
econômica e política mundial.
Em oposição ao Fórum Econômico, formou-se, em 2000, o FSM
(Fórum Social Mundial), que promoveu suas duas primeiras reuniões em Porto Alegre.
A direção do Fórum Econômico
Mundial argumenta, ao defender
uma reunião específica sobre o
Brasil, que a eleição de Luiz Inácio
Lula da Silva gerou expectativas
em todo o mundo, ""que agora, ricos e pobres, brasileiros e estrangeiros, estão de olho no país".
E que as possibilidades de o novo governo atravessar com êxito a
turbulência na economia mundial e atender as expectativas da
população dependerão, segundo
o Fórum, de como vai lidar com
as questões macroeconômicas.
O painel de abertura, com Meirelles e Genro, abordará o atual
nível de competitividade da economia brasileira e a visão do novo
governo sobre o tema. Outro painel, com a participação de Furlan
e do economista Affonso Celso
Pastore (ex-presidente do BC e
um dos maiores respeitados monetaristas brasileiros), tratará da
agenda fiscal, do programa de reforma da Previdência e de chances de reduzir o chamado ""custo
Brasil" e ao mesmo tempo preservar as garantias sociais.
Roberto Rodrigues, da Agricultura, participará de painel sobre
acesso a mercados internacionais.
Na lista de temas, as negociações
multilaterais para liberalização
comercial -entre as questões: se
interessa ao país priorizar ou não
uma das negociações em andamento, leia-se Alca ou OMC (Organização Mundial do Comércio), além do Mercosul.
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