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São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2003

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DEBATE

Fórum Mundial faz 1ª reunião sobre o Brasil

DA REPORTAGEM LOCAL

O Fórum Econômico Mundial, a ONG que catalisa a nata do empresariado e meio político mundiais para seus encontros, fará hoje em São Paulo sua primeira reunião voltada para discutir o Brasil.
O encontro, na Fundação Getúlio Vargas, limitado a cerca de 150 participantes, terá como tema a competitividade da economia brasileira. Como norte do debate estarão os desafios do governo para melhorar o posicionamento do país na economia global.
Entre os participantes, estarão os ministros Luiz Fernando Furlan (Indústria e Comércio) e Roberto Rodrigues (Agricultura) e o secretário Tarso Genro (Desenvolvimento Social e Econômico). Também confirmados são Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, Rubens Ricupero, secretário-geral da Unctad (braço da ONU para comércio e desenvolvimento) e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.
O Fórum Econômico Mundial tem status de consultora das Nações Unidas. Anualmente, desde os anos 70, promove uma reunião em Davos, na Suíça, com a elite econômica e política mundial. Em oposição ao Fórum Econômico, formou-se, em 2000, o FSM (Fórum Social Mundial), que promoveu suas duas primeiras reuniões em Porto Alegre.
A direção do Fórum Econômico Mundial argumenta, ao defender uma reunião específica sobre o Brasil, que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva gerou expectativas em todo o mundo, ""que agora, ricos e pobres, brasileiros e estrangeiros, estão de olho no país".
E que as possibilidades de o novo governo atravessar com êxito a turbulência na economia mundial e atender as expectativas da população dependerão, segundo o Fórum, de como vai lidar com as questões macroeconômicas.
O painel de abertura, com Meirelles e Genro, abordará o atual nível de competitividade da economia brasileira e a visão do novo governo sobre o tema. Outro painel, com a participação de Furlan e do economista Affonso Celso Pastore (ex-presidente do BC e um dos maiores respeitados monetaristas brasileiros), tratará da agenda fiscal, do programa de reforma da Previdência e de chances de reduzir o chamado ""custo Brasil" e ao mesmo tempo preservar as garantias sociais.
Roberto Rodrigues, da Agricultura, participará de painel sobre acesso a mercados internacionais. Na lista de temas, as negociações multilaterais para liberalização comercial -entre as questões: se interessa ao país priorizar ou não uma das negociações em andamento, leia-se Alca ou OMC (Organização Mundial do Comércio), além do Mercosul.


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