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Desemprego em maio é o 2º menor desde 2002, diz IBGE
Com mais vagas em SP, total de pessoas sem ocupação recua para 7,9% no mês passado
Emprego com carteira assinada alcança patamar recorde de 54,8% da força de trabalho, aponta a pesquisa mensal do IBGE
DA SUCURSAL DO RIO
A taxa de desemprego caiu de
8,5% em abril para 7,9% em
maio na esteira principalmente
da maior oferta de vagas na região metropolitana de São Paulo, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). Na região, o número de
pessoas ocupadas cresceu 1,2%.
A taxa de 7,9% é a segunda
menor desde o início da séria
histórica do IBGE, em 2002.
Foram gerados 113 mil postos de trabalho de abril para
maio em São Paulo, a maior
parte na indústria. A cifra superou o total de empregos criados
nas seis regiões metropolitanas
pesquisadas -89 mil pessoas.
O emprego cresceu impulsionado pela maior metrópole do
país, que representa 40% da
amostra da Pesquisa Mensal de
Emprego do IBGE.
O número de pessoas ocupadas aumentou 0,4% na comparação com abril e 4,6% ante
maio de 2007 nas seis áreas. "O
que surpreendeu em maio foi o
aumento da ocupação. Esse é
um movimento localizado nas
grandes regiões metropolitanas e alavancado pelo setor de
serviços e por alguns ramos da
indústria com maior peso nos
grandes centros, como o de veículos", disse Fábio Romão, especialista da LCA.
Em São Paulo, o emprego na
indústria subiu 3,3% de abril
para maio. Na média das três
regiões, avançou 2,6% (ou 93
mil pessoas), a melhor marca
entre todos os setores.
Romão diz que "não é de supor que em nível nacional a taxa de desemprego não esteja
caindo no mesmo ritmo" das
grandes metrópoles.
Para Cimar Azeredo Pereira,
gerente da pesquisa do IBGE,
os indicadores de maio apontam "um quadro bastante favorável para o mercado de trabalho", exceto pelo comportamento negativo da renda.
Entre os dados positivos, ele
cita o aumento do emprego
com carteira assinada -9,5%
ante maio de 2007-, em sintonia com a queda da ocupação
sem registro formal (-0,9% na
comparação com maio de
2007). Com isso, o emprego
formal atingiu o nível recorde
de 54,8% da força de trabalho.
Segundo Cimar, a taxa de desemprego recuou neste ano antes do período habitual -entre
junho ou julho. Tal cenário, diz,
indica, a julgar pelo histórico da
pesquisa, que a taxa tende a fechar o ano num patamar mais
baixo do que em 2007, quando
bateu em 7,4% em dezembro.
De acordo com o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), "o Brasil vive um boom na área do
emprego". A entidade cita a expansão da ocupação e a redução
do número de pessoas desempregadas na comparação com
maio do ano passado.
Dieese
Na pesquisa da Fundação
Seade e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) divulgada anteontem, o
desemprego na região metropolitana de São Paulo também
recuou. Ficou em 14,1% em
maio, ante 14,2% em abril. É a
menor taxa para maio desde
1996, quando foi de 16,1%.
A taxa de desemprego conjunta de seis regiões metropolitanas do país caiu para 14,8%
em maio. Em abril, era de 15%.
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