São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Desemprego em maio é o 2º menor desde 2002, diz IBGE

Com mais vagas em SP, total de pessoas sem ocupação recua para 7,9% no mês passado

Emprego com carteira assinada alcança patamar recorde de 54,8% da força de trabalho, aponta a pesquisa mensal do IBGE

DA SUCURSAL DO RIO

A taxa de desemprego caiu de 8,5% em abril para 7,9% em maio na esteira principalmente da maior oferta de vagas na região metropolitana de São Paulo, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na região, o número de pessoas ocupadas cresceu 1,2%.
A taxa de 7,9% é a segunda menor desde o início da séria histórica do IBGE, em 2002.
Foram gerados 113 mil postos de trabalho de abril para maio em São Paulo, a maior parte na indústria. A cifra superou o total de empregos criados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas -89 mil pessoas. O emprego cresceu impulsionado pela maior metrópole do país, que representa 40% da amostra da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
O número de pessoas ocupadas aumentou 0,4% na comparação com abril e 4,6% ante maio de 2007 nas seis áreas. "O que surpreendeu em maio foi o aumento da ocupação. Esse é um movimento localizado nas grandes regiões metropolitanas e alavancado pelo setor de serviços e por alguns ramos da indústria com maior peso nos grandes centros, como o de veículos", disse Fábio Romão, especialista da LCA.
Em São Paulo, o emprego na indústria subiu 3,3% de abril para maio. Na média das três regiões, avançou 2,6% (ou 93 mil pessoas), a melhor marca entre todos os setores.
Romão diz que "não é de supor que em nível nacional a taxa de desemprego não esteja caindo no mesmo ritmo" das grandes metrópoles.
Para Cimar Azeredo Pereira, gerente da pesquisa do IBGE, os indicadores de maio apontam "um quadro bastante favorável para o mercado de trabalho", exceto pelo comportamento negativo da renda.
Entre os dados positivos, ele cita o aumento do emprego com carteira assinada -9,5% ante maio de 2007-, em sintonia com a queda da ocupação sem registro formal (-0,9% na comparação com maio de 2007). Com isso, o emprego formal atingiu o nível recorde de 54,8% da força de trabalho.
Segundo Cimar, a taxa de desemprego recuou neste ano antes do período habitual -entre junho ou julho. Tal cenário, diz, indica, a julgar pelo histórico da pesquisa, que a taxa tende a fechar o ano num patamar mais baixo do que em 2007, quando bateu em 7,4% em dezembro.
De acordo com o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), "o Brasil vive um boom na área do emprego". A entidade cita a expansão da ocupação e a redução do número de pessoas desempregadas na comparação com maio do ano passado.

Dieese
Na pesquisa da Fundação Seade e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) divulgada anteontem, o desemprego na região metropolitana de São Paulo também recuou. Ficou em 14,1% em maio, ante 14,2% em abril. É a menor taxa para maio desde 1996, quando foi de 16,1%.
A taxa de desemprego conjunta de seis regiões metropolitanas do país caiu para 14,8% em maio. Em abril, era de 15%.


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