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CONTAS PÚBLICAS
Apesar do saldo positivo no mês, resultado é o menor do ano
Superávit em junho é de R$ 1,46 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo central obteve um
superávit de R$ 1,463 bilhão em
junho. Esse resultado, que inclui
as contas do Tesouro Nacional,
Banco Central e Previdência Social, foi o menor resultado mensal
do ano.
Com o número divulgado ontem, o valor do superávit primário (economia de receitas para pagamento de juros) acertado com
o FMI (Fundo Monetário Internacional) para o setor público está R$ 5,3 bilhões acima da meta
para o primeiro semestre.
A meta é de R$ 16,175 bilhões e o
total economizado já soma R$
21,465 bilhões. Essa meta inclui,
além do governo central, as contas dos Estados, dos municípios e
das empresas estatais.
Esse resultado ainda está subestimado porque leva em conta apenas o superávit do setor público
até abril -o último divulgado pelo BC- mais os resultados do governo federal entre maio e junho.
Ou seja, faltam ser somados os
resultados dos Estados, dos municípios e das empresas estatais
nesses dois meses. Hoje, o Banco
Central divulga o resultado do setor público para maio.
No ano passado, a meta acertada com o FMI foi ultrapassada em
R$ 913 milhões pelo setor público.
De acordo com a chefe da assessoria econômica do Tesouro, Ana
Tereza de Albuquerque, o ajuste
nas contas públicas vem sendo
feito pelo lado das despesas. Em
proporção do PIB, as despesas
caíram de 14,4% em 99 para 13,5%
em 2000 na comparação entre os
primeiros semestres.
Em valores absolutos, porém, as
despesas neste ano estão R$ 7,7
bilhões acima dos gastos acumulados no primeiro semestre de 99.
Pelo lado das receitas, houve uma
melhora em valores absolutos que
está ligada ao aumento da carga
tributária e à arrecadação de depósitos judiciais.
Esses depósitos são valores recolhidos pelas empresas que contestam o pagamento de tributos.
Este ano, foram arrecadados R$
3,2 bilhões em depósitos, contra
R$ 877,7 milhões do primeiro semestre de 99.
A alta dos preços do petróleo no
mercado internacional elevou
também o pagamento feito pela
Petrobras como compensação
pelos prejuízos ambientais da atividade de exploração do produto.
O saldo da conta-petróleo (parte dos preços da gasolina que vai
para o Tesouro), porém, ficou negativo em R$ 504 milhões no primeiro semestre porque os preços
internos não acompanharam o
aumento internacional.
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