São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2000


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CONTAS PÚBLICAS
Apesar do saldo positivo no mês, resultado é o menor do ano
Superávit em junho é de R$ 1,46 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo central obteve um superávit de R$ 1,463 bilhão em junho. Esse resultado, que inclui as contas do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, foi o menor resultado mensal do ano.
Com o número divulgado ontem, o valor do superávit primário (economia de receitas para pagamento de juros) acertado com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para o setor público está R$ 5,3 bilhões acima da meta para o primeiro semestre.
A meta é de R$ 16,175 bilhões e o total economizado já soma R$ 21,465 bilhões. Essa meta inclui, além do governo central, as contas dos Estados, dos municípios e das empresas estatais.
Esse resultado ainda está subestimado porque leva em conta apenas o superávit do setor público até abril -o último divulgado pelo BC- mais os resultados do governo federal entre maio e junho.
Ou seja, faltam ser somados os resultados dos Estados, dos municípios e das empresas estatais nesses dois meses. Hoje, o Banco Central divulga o resultado do setor público para maio.
No ano passado, a meta acertada com o FMI foi ultrapassada em R$ 913 milhões pelo setor público.
De acordo com a chefe da assessoria econômica do Tesouro, Ana Tereza de Albuquerque, o ajuste nas contas públicas vem sendo feito pelo lado das despesas. Em proporção do PIB, as despesas caíram de 14,4% em 99 para 13,5% em 2000 na comparação entre os primeiros semestres.
Em valores absolutos, porém, as despesas neste ano estão R$ 7,7 bilhões acima dos gastos acumulados no primeiro semestre de 99. Pelo lado das receitas, houve uma melhora em valores absolutos que está ligada ao aumento da carga tributária e à arrecadação de depósitos judiciais.
Esses depósitos são valores recolhidos pelas empresas que contestam o pagamento de tributos. Este ano, foram arrecadados R$ 3,2 bilhões em depósitos, contra R$ 877,7 milhões do primeiro semestre de 99.
A alta dos preços do petróleo no mercado internacional elevou também o pagamento feito pela Petrobras como compensação pelos prejuízos ambientais da atividade de exploração do produto.
O saldo da conta-petróleo (parte dos preços da gasolina que vai para o Tesouro), porém, ficou negativo em R$ 504 milhões no primeiro semestre porque os preços internos não acompanharam o aumento internacional.



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