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BANESPA
Parecer do procurador-geral da República diz que STF pode derrubar liminares que paralisaram processo
Brindeiro defende retomada da venda
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, emitiu ontem parecer que defende a retomada do processo de privatização
do Banespa. Para ele, o STF (Superior Tribunal Federal) tem poderes para derrubar as liminares
que paralisam a venda, concedidas em São Paulo e Brasília.
Há duas semanas, o presidente
em exercício do STF, ministro
Marco Aurélio Mello, negou pedido do governo para derrubar
duas liminares concedidas ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ele considerou que o pedido
apresentado pela AGU (Advocacia Geral da União) é, na verdade,
um recurso inadequado e nem
chegou a examinar os argumentos sobre a urgência da retomada
da privatização.
O governo já ingressou com novo recurso, que está nas mãos do
ministro Carlos Velloso, que reassumiu a presidência do STF. A
tendência é que o pedido seja julgado na próxima semana pelo
plenário do tribunal e não apenas
por Velloso.
Em seu parecer, Brindeiro não
só diz que o pedido da AGU é adequado, como também apóia argumentos do Banco Central de
que o atraso na venda do Banespa
deverá causar graves prejuízos
aos cofres públicos.
O procurador-geral da República considera "exagero retórico"
afirmar que a privatização do Banespa vá causar a desnacionalização do sistema financeiro, como
apontado pela ação do sindicato.
Brindeiro afirma ainda que o
sindicato expõe argumentos de
maneira pouco precisa para
apontar supostas falhas na fase de
pré-qualificação dos candidatos à
compra do banco.
A venda do banco paulista está
paralisada desde o final de maio
por causa de duas liminares concedidas ao sindicato. Em junho,
foi restabelecida uma terceira liminar contra a privatização em
ação movida por um grupo de
procuradores da República do
Distrito Federal. O governo apresentou seguidos recursos contra
essas liminares, mas perdeu em
todos.
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