DA AGÊNCIA FOLHA

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília), Tourinho Neto, cassou, na noite de ontem, a liminar que suspendia a federalização do Banco do Estado do Maranhão (BEM).
A liminar havia sido concedida, na sexta-feira passada, pelo juiz da 5ª Vara Federal do Maranhão, José Carlos do Vale Madeira, atendendo a ação popular movida pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão.
Em seu despacho, o juiz acatou os argumentos apresentados pelo sindicato de que uma nova sociedade federal de economia mista só poderia ser criada a partir de lei específica e de que o preço mínimo estipulado para a venda -R$ 90,523 milhões por 89,92% das ações- estava "muito" abaixo da avaliação feita pelo consórcio Delloite/Azevedo Sodré.
Antes da publicação de edital de venda, o grupo, responsável pela avaliação do BEM, chegou a estipular em R$ 152 milhões o piso para leilão. Na ocasião, o gerente de Administração e Modernização do governo, Luciano Moreira, chegou a dizer que considerava baixo o valor mínimo.
O presidente do sindicato afirmou que vai "continuar lutando contra a federalização". Ele disse que o seu Departamento Jurídico já estuda medidas para tentar suspender novamente o processo.
O governo do Maranhão vai leiloar 89,92% do capital do BEM. O restante das ações do banco será ofertado aos seus 570 empregados. O BEM tem 76 agências distribuídas pelo Estado do Maranhão e, segundo o edital, possui 296 mil clientes e depósitos totais de R$ 247 milhões (dados de março deste ano). O patrimônio líquido é de R$ 59 milhões.



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