São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 2002

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VEÍCULOS

Consultoria analisa o efeito de fusões e aquisições

Montadoras mundiais devem se reduzir pela metade, diz estudo

DA REPORTAGEM LOCAL

As fusões e aquisições podem fazer com que o número de montadoras independentes no mercado mundial caia pela metade até 2010. Das atuais 16 montadoras que atuam em escala global, restariam 8, de acordo com a consultoria Booz Allen Hamilton.
A redução do número de fábricas seria um processo inevitável para obter ganho em escala e amenizar o excesso de capacidade de produção: segundo a consultoria, hoje as montadoras trabalham com ociosidade de 30% -vendas mundiais de 58,5 milhões de veículos médios e de passeio, enquanto a capacidade de produção dessas empresas é de 85 milhões de unidades/ano.
Entre as montadoras que devem sobreviver, estão as americanas General Motors e Ford, a teuto-americana Daimler-Chrysler, a francesa Renault, a alemã Volkswagen e a japonesa Toyota.
Ainda segundo a consultoria, a crise no Mercosul representa um duro revés para as montadoras, mas a decisão de se retirar da região pode ser mais custosa. Por ora, o mercado mais vulnerável é o da Argentina, e por razões óbvias: a brutal queda no poder aquisitivo dos argentinos fez as vendas de veículos no mercado interno despencarem pela metade em 2001, comparadas a 2000.
""Não estar na América do Sul é um absurdo porque, se você quiser brigar por market share (fatia do mercado) mundial, onde é mais fácil? Nos EUA, na Europa ou aqui?", diz David Wong, gerente da Booz Allen Hamilton. Segundo ele, a consolidação do número de montadoras no Mercosul seguirá a mesma estrutura do resto do mundo. (JAD)


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