São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ESTATÍSTICA

Número de firmas cresce mais que a economia

Total de empresas cresce 28,6% em quatro anos no país, diz IBGE

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O Cadastro Central de Empresas, atualizado anualmente pelo IBGE desde 1996, mostrou, na versão referente ao ano 2000, que o mercado de trabalho formal teve, no período 1997-2000, resultados melhores do que o crescimento de 8,79% acumulado pela economia do país no período. O número de empresas cresceu 28,6%. O pessoal ocupado, 12,29%. O pessoal assalariado, 11,18%.
Em 2000, quando a economia brasileira cresceu 4,36%, o número de empresas cresceu 6,5%, o pessoal ocupado aumentou 4,6%, o pessoal assalariado cresceu 5,1% e a renda média real cresceu 0,8%.
Em 1999, quando a economia cresceu apenas 0,81%, o número de empresas formais aumentou 7,9%, o pessoal ocupado, 3,6% e o pessoal assalariado, 3,1%.
O próprio IBGE admite que o trabalho não é um bom indicador para análise conjuntural. Além de ser restrito ao setor formal da economia, o cadastro junta empresas, públicas, privadas e mistas, com órgãos públicos e entidades sem fins lucrativos -fazem parte do cadastro todas as entidades ou empresas que tenham registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
De 1999 para 2000, o comércio liderou o crescimento do número de empresas, com 122.320 novos registros (mais 6,3%). Também em relação ao pessoal assalariado, a liderança foi do comércio, com 318.763 novos postos (mais 8,4).
Já a administração pública, defesa e seguridade social foram os principais responsáveis pelo aumento da massa salarial, com mais R$ 7,762 bilhões (mais 13,7%).
Ao mesmo tempo, fecharam, na média anual, 12,9% das empresas existentes -para cada dez empresas criadas, 6,45 fecharam. Mais de 90% dos nascimentos e mortes ocorrem em empresas com até quatro pessoas ocupadas.
Segundo o IBGE, havia em 2000 no país 30.588.955 empresas com 5.556.510 proprietários ou sócios e 25.032.445 empregados formais. Elas pagaram R$ 239,1 bilhões em salários e outras remunerações. A administração pública representava 12.113 unidades.
O trabalho confirma a maior concentração de empresas e empregos nas regiões Sul e Sudeste e a predominância de pequenas empresas. As firmas com até nove empregados representavam 92,3% do total, embora pagassem apenas 6% dos salários totais e empregassem 12% do pessoal.


Texto Anterior: Veículos: Montadoras mundiais devem se reduzir pela metade, diz estudo
Próximo Texto: Trabalho: Na construção civil, só 20% têm carteira assinada, informa Dieese
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.