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ESTATÍSTICA
Número de firmas cresce mais que a economia
Total de empresas cresce 28,6% em quatro anos no país, diz IBGE
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O Cadastro Central de Empresas, atualizado anualmente pelo
IBGE desde 1996, mostrou, na
versão referente ao ano 2000, que
o mercado de trabalho formal teve, no período 1997-2000, resultados melhores do que o crescimento de 8,79% acumulado pela economia do país no período. O número de empresas cresceu 28,6%.
O pessoal ocupado, 12,29%. O
pessoal assalariado, 11,18%.
Em 2000, quando a economia
brasileira cresceu 4,36%, o número de empresas cresceu 6,5%, o
pessoal ocupado aumentou 4,6%,
o pessoal assalariado cresceu 5,1%
e a renda média real cresceu 0,8%.
Em 1999, quando a economia
cresceu apenas 0,81%, o número
de empresas formais aumentou
7,9%, o pessoal ocupado, 3,6% e o
pessoal assalariado, 3,1%.
O próprio IBGE admite que o
trabalho não é um bom indicador
para análise conjuntural. Além de
ser restrito ao setor formal da economia, o cadastro junta empresas, públicas, privadas e mistas,
com órgãos públicos e entidades
sem fins lucrativos -fazem parte
do cadastro todas as entidades ou
empresas que tenham registro no
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas).
De 1999 para 2000, o comércio
liderou o crescimento do número
de empresas, com 122.320 novos
registros (mais 6,3%). Também
em relação ao pessoal assalariado,
a liderança foi do comércio, com
318.763 novos postos (mais 8,4).
Já a administração pública, defesa e seguridade social foram os
principais responsáveis pelo aumento da massa salarial, com
mais R$ 7,762 bilhões (mais
13,7%).
Ao mesmo tempo, fecharam, na
média anual, 12,9% das empresas
existentes -para cada dez empresas criadas, 6,45 fecharam.
Mais de 90% dos nascimentos e
mortes ocorrem em empresas
com até quatro pessoas ocupadas.
Segundo o IBGE, havia em 2000
no país 30.588.955 empresas com
5.556.510 proprietários ou sócios
e 25.032.445 empregados formais.
Elas pagaram R$ 239,1 bilhões em
salários e outras remunerações. A
administração pública representava 12.113 unidades.
O trabalho confirma a maior
concentração de empresas e empregos nas regiões Sul e Sudeste e
a predominância de pequenas
empresas. As firmas com até nove
empregados representavam
92,3% do total, embora pagassem
apenas 6% dos salários totais e
empregassem 12% do pessoal.
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