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Equipe econômica afirma que depende do Congresso para diminuir os gastos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar das críticas de descontrole no aumento das despesas com pessoal, a equipe
econômica afirma que tem feito sua parte e que depende do
Congresso Nacional para reduzir esses gastos.
Técnicos do governo fazem
questão de mostrar dados indicando que os gastos com pessoal do governo Lula estariam,
em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), no mesmo patamar do governo FHC.
O pagamento de servidores
do governo central em 2002,
último do tucano, era de 4,8%
do PIB. Em 2006, último ano
do primeiro mandato de Lula,
ficou em 4,5% do PIB.
No entanto os dados do governo mostram que a arrecadação de tributos federais e a carga tributária cresceram no governo petista quando comparadas com a gestão FHC.
Falta de controle
O principal problema, na
avaliação da equipe econômica,
é a falta de controle sobre os
gastos de pessoal do Judiciário
e do Legislativo. Os dois Poderes têm concedido a seus servidores aumentos superiores ao
do Poder Executivo, fazendo
crescer os gastos públicos com
o funcionalismo.
O projeto de lei enviado ao
Congresso Nacional, criando
um limite para o crescimento
da folha de pessoal, inclui o Judiciário e o Legislativo na mesma regra, o que vai ser um teste
para a medida, já que esses dois
Poderes sempre alegaram ter
autonomia financeira.
Economistas criticam, porém, que o ideal não é que as
despesas com pessoal estivessem parecidas com as de Fernando Henrique Cardoso, mas
abaixo. E que, se a proposta de
limitar o crescimento da folha
não for aprovada, a tendência
seria realmente a de descontrole nos próximos anos.
Projeções do economista
Raul Velloso, especialista em
contas públicas, apontam que,
sem a aprovação do projeto de
lei do governo, o gasto total de
pessoal da União pode ficar em
6,5% do PIB em 2014.
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