DA REDAÇÃO

A divulgação de indicadores econômicos positivos afastou parte do pessimismo dos mercados internacionais ontem. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York ganhou 1,98% e ficou perto de fechar acima de 8.000 pontos. Na Europa houve certa euforia.
Wall Street recebeu uma trinca de bons números econômicos nos EUA: os pedidos de seguro-desemprego recuaram pela segunda semana, as vendas de casas novas atingiram uma taxa anualizada recorde de 996 mil unidades em agosto e as encomendas de bens duráveis encolheram menos do que o estimado.

Febre imobiliária
"Pela primeira vez em o que parece meses, tivemos alguns indicadores positivos", disse Dan McMahon, da corretora CIBC World Markets. "Isso trouxe alguma esperança em que o pior tenha ficado para trás e agora haverá uma recuperação."
As vendas de casas novas cresceram 1,9% nos EUA no mês passado, de acordo com o Departamento de Comércio. O setor representa uma opção para os investidores desiludidos com o mercado financeiro. Os negócios também permanecem elevados por causa das baixas taxas de juros dos financiamentos, as menores em mais de 30 anos.
"Os juros baixos representam um incentivo maior do que as preocupações a respeito de emprego e renda", afirmou Jade Zelnik, economista-chefe da consultoria Greenwich Capital Markets.
Ainda no mês passado, as encomendas de bens duráveis recuaram 0,6%, menos do que se previa. Excluindo-se itens militares, houve um avanço de 5,9% nos pedidos de máquinas. "Parece que a aguardada volta dos investimentos está a caminho", disse Jerry Jasinowski, presidente da Associação Nacional da Indústria.
Depois de dois dias de recuperação, a Bolsa de Nova York eliminou as perdas do começo da semana -na terça-feira, o índice Dow Jones mergulhara ao seu pior nível desde outubro de 1998.
O índice Standard & Poor's das 500 maiores empresas norte-americanas também encerrou o dia com uma expressiva valorização, de 1,82%. A Nasdaq, Bolsa de empresas tecnológicas, fechou praticamente estável, com uma ligeira retração de 0,06%.
Mas as perdas acumuladas seguem elevadas. Setembro é, historicamente, o pior mês para as Bolsas, porque ocorre um ajuste nas carteiras de investimentos. Neste ano não tem sido diferente. O índice S&P 500 caiu cerca de 7% desde o começo do mês.