São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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PREÇOS

Inflação de 2,40% no mês eleva taxa anual a 10,54%

Alta do dólar faz o IGP-M registrar a maior taxa desde março de 1999

DA SUCURSAL DO RIO

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) deste mês apontou inflação de 2,40%, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Foi a maior taxa já registrada desde março de 1999, quando o índice ficara em 2,83% em meio à crise provocada pela maxidesvalorização do real.
Em agosto, o IGP-M havia sido de 2,32%, então o maior desde os 2,39% de agosto de 2000.
A principal fonte de pressão sobre os preços foi o aumento do dólar nas últimas semanas, sobretudo por causa de seu efeito nos alimentos. A alta, porém, ficou concentrada no atacado.
Com o resultado deste mês, o indicador acumula alta de 10,54% no ano. No mesmo período do ano passado a taxa era de 7,67%. Nos últimos 12 meses o índice aumentou 13,32%.
Os preços no atacado, medidos pelo IPA (Índice de Preços no Atacado), dispararam 3,43% neste mês devido à forte alta do dólar. Em agosto, haviam subido 3,20%.
Agrupados no IPC (Índice de Preços ao Consumidor), os preços no varejo chegaram a apresentar desaceleração. O índice caiu de 0,91% em agosto para 0,67% neste mês.
O INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) ficou em 0,68%. Em agosto, o índice ficara em 0,82%.
Por ser composto em 60% por preços no atacado, o IGP-M é o indicador de inflação que mais sente a alta do dólar, que faz subir as matérias-primas importadas tanto alimentícias como industriais e as commodities. Como a renda está comprimida, a maior parte da alta do atacado não chega ao consumidor.


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