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Alencar critica
juros pagos para
credor externo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao defender a queda da taxa
de juros, hoje em 20% ao ano, o
presidente interino, José Alencar, afirmou que o Brasil "não
pode ficar ajoelhado e pagando
esse custo dessa dívida que mata a economia". Para ele, "é um
despropósito o custo do capital
no Brasil".
Mais tarde, em entrevista, ele
disse que não estava se referindo aos juros da dívida externa.
"O que eu falo é que nós precisamos colocar os custos de capital no Brasil, ou seja, os juros,
em patamar de mercado internacional. Do contrário, nós estamos submetendo a economia
brasileira a um tratamento desigual, porque, enquanto a produção brasileira paga X de juros, a produção lá fora paga um
décimo desse X."
Segundo Alencar, alguém
poderá perguntar por que ele,
sendo vice-presidente da República, não faz nada. "Nós estamos tentando fazer. O poder
é muito relativo."
Alencar afirmou que mais de
50 milhões de brasileiros passam sérias dificuldades, embora o país seja um dos "mais ricos do mundo". Segundo ele, o
país está transferindo "um absurdo" de dinheiro para o exterior, em razão dessas taxas despropositadas.
"Alguém poderá dizer: mas o
vice-presidente da República
está falando em calote? Não, o
Brasil não precisa disso", afirmou.
O presidente interino citou
que o país pagou de juros da dívida externa no primeiro trimestre deste ano mais de 12%
do PIB (Produto Interno Bruto), o equivalente a R$ 44 bilhões. "Nós temos que despertar. Nós temos que mudar o
nosso comportamento", disse.
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