|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ÁGUIA
No ano passado, quase 34,6 milhões de americanos eram considerados pobres
Pobreza cresce e renda cai nos EUA
DA REDAÇÃO
Apesar de a economia dos Estados Unidos ter crescido 2,4% no
ano passado, os americanos ficaram mais pobres e ganharam menos no período. Pesquisa do Census Bureau, órgão de estatísticas
dos EUA, mostra que a taxa de
pobreza no país subiu para 12,1%
no ano passado, contra 11,7% em
2001. Quase 34,6 milhões de pessoas estavam vivendo na pobreza
em 2002, ou seja, 1,7 milhão de
pessoas a mais do que em 2001.
A renda média das famílias caiu
1,1% no ano passado em relação a
2001, para US$ 42.409 por ano, já
descontada a inflação do período.
A taxa de pobreza subiu novamente depois de apresentar queda por quase uma década. Em
2000, atingiu seu menor nível em
mais de 25 anos (11,3%). Os níveis
de renda subiram durante a
maior parte da década de 90, depois ficaram estáveis em 2000 e
caíram nos dois últimos anos.
Para Bill Spriggs, diretor de pesquisa e política pública da Liga
Urbana Nacional, os números são
assustadores. "Essa pode se tornar a pior virada em 30 anos", disse. "Vemos que as pessoas estão
entrando cada vez mais fundo na
pobreza porque a economia não
está gerando empregos."
Analistas já previam que o aumento do desemprego no último
ano e a economia ainda vacilante
fariam aumentar a pobreza e diminuir a renda para a maior parte
da população, ainda que a recessão tenha terminado oficialmente
em 2001.
Para Daniel Weinberg, estatístico do Bureau, as mudanças estão
relacionadas à última recessão.
"O ponto mais alto no ciclo da pobreza e o ponto mais baixo na
renda tendem a vir um ano depois
da recessão", afirmou.
A posição da Casa Branca mescla o otimismo com o avanço da
economia com a preocupação
com o fraco desempenho do mercado de trabalho. "A economia
está se movendo na direção certa", disse Scott McClellan, porta-voz do presidente George W.
Bush. "Mas o presidente não está
satisfeito. É importante criar condições para o emprego crescer."
As estimativas vêm de pesquisa
anual com 78 mil famílias. Os dados foram coletados em março.
O limite considerado a linha da
pobreza varia dependendo do tamanho e das características da família. Por exemplo, uma pessoa
com menos de 65 anos que morava sozinha em 2002 era considerada pobre se sua renda anual fosse
de US$ 9.359 ou menos; para uma
família com três pessoas, incluindo uma criança, o limite já era
maior: de US$ 14.480.
As Bolsas fecharam ontem em
queda, afetadas pelos indicadores
e também pela expectativa acerca
dos resultados corporativos do
terceiro trimestre, que começam
a ser publicados no mês que vem.
O Dow Jones recuou 0,33%.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Telefonia: Juiz manda teles deduzir ganhos de produtividade dos reajustes Próximo Texto: PIB americano sobe 3,3%, mas confiança é menor Índice
|