São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2006

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Desemprego cai e renda sobe em São Paulo, diz Seade/Dieese

KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

A taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo caiu entre julho e agosto, após quatro meses de estabilidade. O índice foi de 16,7% para 16% da PEA (População Economicamente Ativa), segundo pesquisa da Fundação Seade-Dieese. Esse é o menor índice para o mês de agosto desde 1997, quando a taxa ficou em 15,9%. Já o rendimento médio do trabalhador subiu 5,1% em julho, na terceira alta seguida.
A redução do desemprego foi causada pelo aumento da ocupação e já era esperada desde julho. "O importante é que a queda se concentra nos chefes de famílias, com mais de 40 anos e homens", disse Alexandre Loloian, coordenador da Fundação Seade.
Em agosto, o saldo de vagas criadas chegou a 67 mil, e 4.000 pessoas deixaram o mercado de trabalho. Com isso, o contingente de desempregados caiu de 1,680 milhão para 1,609 milhão de pessoas entre julho e agosto. Na região, há outros 8,4 milhões de ocupados.
O setor de serviços gerou 45 mil vagas. e o chamado "outros setores" -que inclui construção civil e serviços domésticos- criou 33 mil postos. Já a indústria e o comércio apresentaram relativa estabilidade, com corte de 4.000 e 7.000 postos, respectivamente.
A renda média do trabalhador ocupado subiu 5,1% em julho sobre junho, passando de R$ 1.064 para R$ 1.119. Os dados de renda têm um mês de defasagem em relação aos do emprego. Esse é o terceiro mês no ano em que a renda do trabalhador não recua. "Para considerarmos como uma efetiva recuperação, a alta terá de ser sustentada", disse Loloian.


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