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Greve tem adesão de 30% de bancários do país, diz sindicato
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve dos bancários para
pressionar os bancos a conceder reajuste salarial atingiu 120
mil funcionários de agências,
centros administrativos e postos bancários de 23 Estados e
do Distrito Federal, segundo a
Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT. No país, 400 mil
pessoas trabalham em bancos.
A paralisação de advertência,
feita por 24 horas, deve ser
mantida hoje em quatro Estados (ES, MA, RN e PE) e nas cidades de Florianópolis e Salvador. Os sindicatos dessas localidades decidiram, em assembléia, dar continuidade ao movimento, contrariando orientação do comando nacional de
greve. Nas demais regiões, os
bancos devem funcionar hoje.
Em São Paulo, 279 locais pararam, o que corresponde à
adesão de 34 mil trabalhadores
(ou 30% da categoria), de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo (CUT).
Na avaliação da Fenaban
(Federação Nacional dos Bancários), nem 10% das 2.000
agências da capital paulista foram afetadas pela greve.
O sindicato de São Paulo informou que os bancários sofreram repressão policial em cinco agências e que a Delegacia
Regional do Trabalho apura informação de que o Unibanco
teria obrigado empregados a
permanecer durante a noite de
segunda no local "para furar a
greve". Se comprovada, a ação
se caracteriza como crime contra a organização do trabalho. A
Folha não localizou a assessoria do banco para comentar.
Hoje uma reunião em São
Paulo discutirá o impasse na
campanha salarial iniciada em
agosto. Os bancários pedem
aumento real de 7,05%, além
da reposição da inflação e participação maior nos lucros.
No Rio, o presidente do sindicato local, Vinícius Assumpção, foi preso ontem durante
protesto. Segundo sua assessoria, ele foi preso pela PM em
frente à agência do Bradesco
em que trabalha na região central, quando usava um carro de
som para explicar a greve.
Com CRISTINA TARDÁGUILA, colaboração para a Folha, no Rio
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