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SAIBA MAIS
Medida provocou "avalanche" de ações desde 2002
DE BUENOS AIRES
O governo argentino pesificou os depósitos em conta corrente, poupança e aplicações a
prazo fixo em janeiro de 2002.
A pesificação foi uma das medidas tomadas para conter a
crise econômica desencadeada
pelo fim do regime de conversibilidade, em janeiro de 2002.
Em março de 1991, a equipe
econômica do então presidente
Carlos Menem, liderada pelo
ex-ministro Domingo Cavallo,
criou o plano de conversibilidade que estabeleceu a paridade entre os valores do peso argentino e do dólar americano.
Com a paridade, os bancos
passaram a aceitar depósitos
tanto em dólares como em pesos. O alto endividamento do
país e o estancamento da economia a partir de 1998, porém,
tornaram insustentável a manutenção dessa paridade.
Em dezembro de 2001, com a
iminência da desvalorização
do peso, o governo restringiu
as movimentações bancárias
para evitar uma corrida aos
bancos. A medida ficou conhecida como "corralito". Em janeiro de 2002, o governo desvalorizou o peso. Na época um
dólar, que valia um peso, passou a valer 3,2 pesos, mas o governo determinou que os depósitos em dólares fossem pesificados com taxa de câmbio
de 1,40 peso para cada dólar.
A medida gerou uma avalanche de processos na Justiça,
movidos por correntistas e investidores que queriam recuperar seus depósitos em dólares. O dinheiro do "corralito" já
foi devolvido, mas os correntistas que não aceitaram a conversão das aplicações em pesos receberam títulos do governo
com valor em dólar -que foram afetados pela moratória da
dívida, em 2001.
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