São Paulo, domingo, 27 de novembro de 2005

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MERCADO ABERTO

Estudo revela erros mais comuns

Erros de avaliação estratégica foram a causa mais freqüente para a desvalorização abrupta das ações de mil das maiores empresas do mundo, revela pesquisa recém-concluída pela consultoria Deloitte.
O estudo "Desarmando os Destruidores de Valores" mostrou que, apesar de as quedas repentinas nas cotações dos papéis terem sido resultado, muitas vezes, de circunstâncias peculiares a cada uma das empresas avaliadas, há uma série de razões comuns que explicam os casos.
Quase metade (48%, veja gráfico ao lado) do universo das mil companhias registrou queda de ao menos 20% em intervalos de apenas um mês, entre 1994 e 2003. Esses tombos desencadearam problemas como perda de competitividade, redução das taxas de crescimento e até restrição para a obtenção de crédito.
Em 2003, ao fim do estudo, quase um quarto (22%) das empresas não havia conseguido recuperar o valor de mercado.
Considerando somente o grupo das cem empresas que tiveram a maior queda, constatou-se que os riscos às quais elas estiveram mais vulneráveis foram os estratégicos (66%), e menos expostas, os financeiros (37%).
Dentro dos riscos estratégicos, os eventos mais comuns foram a deficiência em administrar quedas na demanda, problemas com clientes e inadimplência e ainda com fusões e aquisições.
Foram analisadas informações contidas em documentos públicos, notícias na imprensa e relatórios de analistas para a identificação dessas causas, além de entrevistas com executivos.
Para Edimar Facco, sócio da área de auditoria da Deloitte e um dos responsáveis pelo estudo, adotar uma gestão integrada de riscos para identificar e administrar as correlações entre os riscos às quais uma empresa está exposta e alimentar uma forte cultura ética, de modo a proteger a marca, são dois dos principais passos para enfrentá-los.

NOVA PISTA
"A noite anda muito adolescente. É muita eletrônica e pouca acústica." A frase, do empresário Ricardo Amaral, famoso por seus empreendimentos na noite carioca, sintetiza o sentimento que o levou a se afastar da vida noturna. Agora, ele aposta no ramo imobiliário. Amaral é parceiro da construtora Agenco em obras como a Vila do Pan de 2007 -que hospedará atletas e depois servirá como moradias-, um hotel e um centro empresarial em Macaé. "Eu já tinha feito de tudo na noite. Senti que era a hora de mudar." Amaral, porém, diz não estar desencantado com a noite. "Ainda saio sempre com os meus amigos. Tenho um restaurante em Ipanema, o Mix, mas só por diversão."

HABITAÇÃO
Até a primeira metade de novembro, a Caixa Econômica Federal aplicou, com recursos próprios, R$ 1,7 bilhão em operações de crédito imobiliário, valor que supera em 73% o total concedido em todo o ano passado (R$ 965 milhões). O banco já realizou operações de R$ 6,1 bilhões para a habitação, consideradas todas as linhas de crédito.

MÚSICA SEGMENTADA
Depois de investir na criação da rádio Daslu, o empresário Antônio Augusto Amaral, o Tutinha, dono da rádio Jovem Pan, decidiu fincar os pés no segmento classe A, ao lado das irmãs e produtoras Roberta e Flávia Eluf. Juntos, lançaram um selo, a Bacanas Records, com o objetivo de criar produtos para esse público. O primeiro lançamento foi uma coleção de CDs com a marca Daslu. A idéia da gravadora é lançar produtos desenvolvidos especialmente para outras marcas. Estão programados álbuns para o restaurante Baretto e o hotel Fasano. "Não vamos mais vender 500 mil cópias. Temos de lançar muitos produtos com vendas pulverizadas", diz Tutinha. Ele pretende lançar 50 títulos em 2006.

NOVO CONSELHO
O Instituto de Hospitalidade, que busca desenvolver o turismo responsável no país, empossa na próxima quinta, em SP, seu novo conselho de governo. Cláudia Costin, ex-secretária de Cultura de SP, assumirá a presidência do conselho, que terá ainda nomes como Jorge Gerdau (Gerdau), Constantino Júnior (Gol) e o embaixador Sérgio Amaral.

AQUECIMENTO
O investimento em imóveis como negócio deve ganhar fôlego em 2006, na avaliação da Lello, uma das líderes em administração imobiliária no Estado de SP. O motivo é a queda na taxa básica de juro, que deve se refletir com maior intensidade no rendimento das aplicações financeiras e, assim, atrair investidores para o mercado imobiliário.

ÁGUA E VINHO
O Banco do Brasil quer estar em todas as áreas. Na semana passada, ao mesmo tempo em que reforçou a área de grandes clientes, também viabilizou a primeira exportação de bordadeiras na pequena Caipó, no Rio Grande do Norte. O BB viabilizou a exportação de US$ 4,3 mil referente a 300 peças de uma comunidade de 200 bordadeiras.


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