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Mantega "alfineta" Meirelles durante evento de bancos
Ministro diz que presidente do BC está falando cada vez mais de questões sociais, devido aos "novos hábitos de banqueiro ou político"
DA REPORTAGEM LOCAL
No jantar de confraternização da Febraban (Federação
Brasileira de Bancos), o ministro Guido Mantega (Fazenda)
aproveitou para cutucar o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao afirmar que
nunca o tinha visto falando tanto da questão social.
Pouco antes, Meirelles havia
falado que, durante a crise, o
Brasil havia se tornado referência em supervisão bancária, regulação de mercados e políticas
de estímulo à economia, que tiveram importante papel social.
"Meirelles se adiantou e falou praticamente tudo o que eu
queria falar. Está falando cada
vez mais do social. Não sei se
são os novos hábitos de banqueiro ou de político."
Mantega também cutucou os
principais dirigentes de bancos
privados presentes no jantar,
ao afirmar que, assim como os
bancos públicos, eles também
deveriam fomentar o crédito de
longo prazo. Ele disse também
que o sistema financeiro brasileiro ainda tem de se sofisticar,
para viabilizar investimentos
em infraestrutura e habitação.
"Nosso desafio é ampliar e
desenvolver o nosso sistema financeiro. O setor privado também precisa ter condições mais
favoráveis para captar recursos
em longo prazo e não deixar só
os bancos públicos [nessa tarefa]", afirmou.
O ministro pediu aos banqueiros que ajudem a financiar
a Olimpíada de 2016, no Rio de
Janeiro, e elencou uma série de
projetos necessários, como
construção de estádios, metrôs,
trem de alta de velocidade. Para
Mantega, o Brasil, após um ano
difícil, atingiu a "maioridade".
O presidente da Febraban,
Fabio Barbosa, afirmou que o
sistema financeiro precisa desenvolver prazos mais longos
para a captação de recursos e,
gradativamente, desvencilhar-se dos juros pós-fixados do
CDI.
(TONI SCIARRETTA)
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