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Salário de metalúrgicos é reduzido 20%
da Folha Campinas
Cerca de 1.500 funcionários de
duas empresas de autopeças de
Jundiaí (60 km de São Paulo) aceitaram ter seus salários reduzidos
em 20% por pelo menos 90 dias em
troca da garantia de emprego.
As empresas Bollhoff Dodi e Petri do Brasil, ambas do grupo Sindipeças, procuraram o Sindicato
dos Metalúrgicos de Jundiaí, que
levou a proposta para discussão
com os trabalhadores.
De acordo com o primeiro-secretário do sindicato, Célio Guimarães, a redução salarial vai acarretar na redução de pelo menos 25%
da jornada de trabalho dos metalúrgicos. A jornada atual é de 220
horas por mês.
Guimarães informou que a média salarial dos funcionários das
duas empresas é de aproximadamente R$ 800. O sindicalista disse
que 95% dos trabalhadores acharam que a proposta era a forma
mais viável de manter seus empregos. "Os empresários ameaçaram
demitir 20% dos funcionários caso
esse acordo não fosse firmado",
disse o sindicalista.
Em contrapartida, as empresas
ofereceram aos trabalhadores estabilidade de emprego até o dia 28
de fevereiro. De acordo com Guimarães, a Bollhoff garantiu que, se
houver demissões depois da data
estipulada, a empresa se comprometerá a pagar mais três meses de
salário com a redução de 20%.
Já a Petri, segundo o sindicalista,
oferecerá apenas mais um mês de
salário para o funcionário que for
demitido após o término da estabilidade.
No acordo também foi especificado que a redução salarial pode
ser prorrogada após os 90 dias propostos inicialmente.
De acordo com informações do
sindicato, de janeiro ao dia 15 deste
mês, cerca de 3.000 postos de trabalho das metalúrgicas de Jundiaí,
Campo Limpo Paulista e Várzea
Paulista foram extintos.
As três cidades têm aproximadamente cem empresas de médio e
grande porte no setor e uma base
de 20 mil trabalhadores.
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