São Paulo, domingo, 27 de dezembro de 2009

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Empresas planejam investimentos bilionários

DA REPORTAGEM LOCAL

De olho no aumento do poder de compra da nova classe média, as grandes empresas de varejo e bens de consumo preparam investimentos bilionários para 2010. Depois de ver o concorrente Pão de Açúcar dobrar de tamanho com a aquisição do controle das Casas Bahia, o Walmart Brasil anunciou um agressivo plano de expansão, de R$ 2,2 bilhões -40% a mais do que em 2009.
A rede, que faturou R$ 17 bilhões em 2008, tem hoje 435 lojas de diferentes bandeiras e pretende abrir de 100 a 110 ao longo do ano. A maioria das lojas será de bandeiras focadas nas classes C, D e E, como Todo Dia e Maxxi.
Os grupos Pão de Açúcar e Carrefour não detalharam os investimentos para o ano que vem, mas também planejam investir, cada um, pelo menos R$ 1 bilhão na abertura de lojas.
Além das previsões de crescimento do PIB para 2010, da ordem de 5%, a expectativa de aumento do consumo de cerveja por conta da Copa do Mundo também levou a AmBev a programar um investimento recorde. A companhia, que faturou R$ 20,8 bilhões em 2008, vai investir R$ 1,5 bilhão em 2010 para aumentar em até 10% sua capacidade de produção. Os investimento serão distribuídos para fábricas localizadas em 13 Estados.
Em visita ao Brasil no mês passado, o presidente mundial da Coca-Cola Company, Muhtar Kent, anunciou um plano de investimentos para os próximos cinco anos de R$ 11 bilhões. O valor supera em 75% os investimentos realizados pela companhia no Brasil nos últimos cinco anos (R$ 6 bilhões) e reflete a expectativa de crescimento do país com a Copa do Mundo e a Olimpíada. Os recursos serão aplicados em marketing, operações, ampliação de unidades pelo país e compra de equipamentos. "O Brasil é um dos primeiros mercados da Coca-Cola no mundo. Ao longo dos últimos 25 anos, vimos nosso volume de vendas nessa nação crescer 50 vezes", disse o executivo durante a visita, em novembro.

Teles
As empresas de telefonia também planejam investimentos agressivos. A Telefônica, que enfrentou problemas de infraestrutura neste ano, planeja investir R$ 2 bilhões. Os investimentos serão direcionados principalmente para a expansão da rede de internet de banda larga.
A TIM fala em R$ 2,3 bilhões. O montante inclui parte do pagamento pela aquisição da Intelig, mas a empresa também vai investir em infraestrutura de rede de telefonia móvel e fixa, para transmissão de dados e voz. (MARIANA BARBOSA)


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