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Membros da comitiva reclamam do tom
DA ENVIADA A NOVA DÉLI
Mal o presidente Lula finalizou
o discurso em que deu uma
"bronca" nos empresários brasileiros, representantes do setor
que o acompanham na viagem reclamaram do tom usado.
"Os empresários brasileiros são
heróis. Creio que o presidente disse aquilo apenas para provocar o
setor a aumentar seus investimentos", disse Milton Visconde
Júnior, vice-presidente da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica.
"O presidente precisa entender
que, muitas vezes, o caminho para os empresários brasileiros é o
Mercosul, onde os custos são
mais baixos", afirmou João Raimundo, da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa.
Robson Andrade, vice-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), afirmou que
os brasileiros competem numa situação desfavorável no mercado
internacional. "No Brasil os juros
reais são de 10% ao ano. Nos EUA,
a taxa é de 1%. Já aqui na Índia a
indústria recebe subsídios do governo", disse. Os juros anuais indianos são de 6%.
Para o ministro Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento), que
integra a comitiva, "os empresários que estão aqui na Índia não
têm que vestir a carapuça".
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