São Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda sobe 0,84% e fecha a R$ 2,87 após compra da instituição; teles devolvem ganhos e Bolsa cai 0,51%

Dólar tem maior alta do ano com ação do BC

DA REPORTAGEM LOCAL

As duas compras de dólares realizadas pelo Banco Central no mercado de câmbio ontem tiveram efeito sobre a cotação da moeda. O dólar registrou sua maior valorização no ano. Com alta de 0,84%, a moeda norte-americana fechou a R$ 2,87.
Além da presença do BC, o mercado também já entrou em ritmo de negócios para influenciar a Ptax (cotação média dólar).
É que a Ptax de sexta-feira vai servir de referência para a liquidação dos US$ 2,5 bilhões em dívida cambial que vencem no dia 2. Como a autoridade monetária decidiu que não vai renovar nada dos papéis atrelados ao câmbio que vão vencer, quanto mais alta estiver a Ptax mais reais as instituições financeiras detentoras dos títulos que serão resgatados ganham. Por conta disso, o dólar pode sofrer novas pressões até o fim da semana.
Na Bovespa, as ações das teles devolveram o ganho de segunda-feira e lideraram as perdas no pregão de ontem. O setor elétrico foi outro que fechou com baixa. A queda da Bolsa de Valores de São Paulo ficou em 0,51%, com R$ 1,36 bilhão negociado.
As ações preferenciais da Tele Centro Oeste e da Telesp Celular Participações lideraram as quedas. O papel PN da Tele Centro Oeste recuou 10,79%, e o da Telesp perdeu 5,52%.
As ações das exportadoras subiram na esteira do dólar. No topo das altas do pregão ficou o papel com direito voto (ON) da Siderúrgica Nacional, com ganho de 5,3%. A ação ON da Vale do Rio Doce fechou com alta de 3,3%.

Preços e juros
Hoje o mercado estará atento à divulgação do resultado do IPC da Fipe (terceira quadrissemana do mês). Após a última decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve os juros básicos inalterados, o mercado redobrou sua atenção em relação às oscilações nos índices de preços.
Ontem as taxas dos contratos DI -juro interbancário- subiram um pouco na BM&F, mas sem que o movimento indicasse mudança de expectativa de trajetória de baixa até o fim do ano. No DI com prazo em julho a taxa foi de 15,85% para 15,92%. No contrato mais negociado, com prazo de um ano, a taxa subiu de 15,24% para 15,37%.
(FABRICIO VIEIRA)


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