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O advogado Alberto Zacarias Toron, 44, que faz a defesa do primeiro vice-presidente da Fiesp, Carlos Roberto Liboni, afirmou que o empresário pretende se apresentar e que está aguardando a decisão sobre o pedido de habeas corpus, feito na sexta-feira ao Tribunal Regional Federal.
Ele disse também que não sabe a localização atual de seu cliente, que está foragido. Além de Liboni, Toron defende outros três sócios da empresa -Paulo Saturnino Lorenzato, Edson Severino Benelli e Gilmar Caldeira. "Quando peguei a causa, vi que a empresa tinha uma situação fiscal difícil e condicionei a minha entrada no caso a que eles fizessem um planejamento fiscal para pagar a dívida. Eles entenderam que isso era imprescindível, fizeram um enxugamento na empresa e uma proposta para o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social]", disse.
Segundo ele, a proposta foi aceita depois de algumas discussões. "Eles fizeram o acordo e até já pagaram a primeira parcela." Para Toron, é um absurdo pedir a prisão preventiva por dívida, requisição que teria perdido a razão de existir com esses novos acontecimentos.
"O fato de ter sido feito um acordo e o pagamento é uma indicação concreta de que ninguém está no caminho ou na vida da delinqüência", afirmou o advogado.
O procurador André Menezes, 28, que atua no caso, afirmou que no Brasil ninguém é preso por dívida. "Eles são acusados de serem fraudadores, de prestar informações inverídicas reiteradas vezes e, por isso, tiveram o pedido de prisão preventiva", disse o procurador.


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